Marcelo Moreno, melhor marcador da Bolívia, despede-se da seleção: "Estou muito orgulhoso"

Marcelo Moreno, de 36 anos, deixou o relvado do mítico Estádio Centenário entre aplausos e abraços dos jogadores de ambas as equipas, perto do final do jogo, em que o Bolívia perdeu por 3-0 em Montevidéu.

"Não posso deixar de me emocionar com um momento tão bonito, de deixar este Estádio Centenário aplaudido de pé", disse ele ao AUFTV. "O respeito que me demonstraram foi incrível e vou levar isso no meu coração", acrescentou.

O avançado, que joga no Independiente del Valle, do Equador, recordou com carinho o seu tempo em La Verde, onde tem 31 golos em 107 jogos disputados.

"Lembro-me de quase 17 anos a jogar pela seleção e de saber que se deixou tudo para trás, porque eu deixei literalmente tudo para trás pela minha seleção, pelo meu país. E estou muito orgulhoso de o representar e de representar os meus colegas de equipa aqui", disse, visivelmente emocionado.

"Às vezes, no futebol, temos a oportunidade de marcar (...) hoje (terça-feira) não foi possível", disse Martins, sublinhando que a equipa charrúa o defendeu sempre muito bem.

"Conseguir marcar aqueles golos foi sempre fruto de muito sacrifício, de jogadas preparadas, por isso também estou orgulhoso de poder marcar por uma equipa que compete sempre e deixa tudo em campo", acrescentou.

Marcelo foi o principal artilheiro com 10 golos nas eliminatórias sul-americanas para o Catar e é o terceiro melhor marcador da história das eliminatórias, com 22 golos, atrás apenas de Lionel Messi (31) e Luis Suárez (29).