Foi uma noite intensa mas feliz para os atuais campeões do Mundo, da Finalíssima e da Copa América, treinados por Lionel Scaloni, que defrontaram o Chile nas eliminatórias sul-americanas para o Campeonato do Mundo de 2026, com o pré e pós-jogo repletos de emoção.
Antes da vitória por 3-0 sobre a equipa de Ricardo Gareca, a Albiceleste prestou homenagem a Angel Di Maria, que depois de vencer a Copa América 2024 nos Estados Unidos decidiu retirar-se da seleção, e foi aplaudido pelos adeptos presentes no estádio do River Plate e por toda a delegação argentina.
Lionel Messi, o capitão e principal jogador da Scaloneta, não esteve fisicamente presente no Monumental, pois está a recuperar em Miami de uma lesão nos ligamentos do tornozelo direito. No entanto, gravou um vídeo que foi exibido no estádio, com algumas palavras sinceras para o seu companheiro de equipa e amigo.
"Lamento não ter podido estar presente numa noite tão especial para ti, estou aqui a tentar recuperar para poder voltar. Queria estar presente, nem que fosse com este vídeo. Desejo que desfrutes desta noite, com a tua família, os teus entes queridos, todo o povo argentino que te presta esta merecida homenagem por tudo o que nos deste, tudo o que fizeste", começou por dizer o 10.
"A nível pessoal, dissemos tudo o que tínhamos a dizer um ao outro. Tivemos a sorte de partilhar um ano juntos - no PSG -, de estarmos juntos todos os dias, de bebermos muito mate, de conversarmos muito. E quem diria que acabaria assim, depois de tudo o que passámos na seleção nacional, depois de tudo o que vivemos", refletiu o capitão sobre os tempos difíceis recorrentes que atravessaram, sem conseguirem ganhar troféus.
"Para além de termos gostado sempre de estar na seleção e de querermos estar nos momentos muito difíceis, quem diria que acabaríamos assim, a ganhar tudo o que ganhámos e a ser campeões do mundo. Desfruta porque mereces. Vamos ter muitas saudades tuas, gosto muito de ti e desejo-te sempre o melhor. Mando-te um grande beijo e saudações a toda a Argentina. Até breve. Adeus", concluiu a estrela, sob os aplausos dos adeptos e a emoção de Fideo.
Di María foi levantado por todos os seus companheiros de equipa no Monumental, que o ergueram até ao céu e assim terminou a histórica homenagem, que terminou com o craque a agradecer ao à equipa técnica, aos antigos companheiros e a todas as pessoas que partilharam um momento com ele na seleção e, finalmente, à sua família: "À pessoa mais importante da minha vida e a estas duas preciosas que estiveram sempre presentes para cuidar de mim", disse sobre a sua mulher Jorgelina e as suas filhas Mía e Pía.
Um dia inesquecível, que foi coroado com uma vitória por 3-0 (Mac Allister, Julián Álvarez e Dybala) e os festejos do bicampeonato da Copa América, numa noite verdadeiramente Monumental.