Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Mundial-2026: Argentina vence Chile (3-0) em noite de homenagem a Ángel Di María

LUSA
Di María homenageado pelos companheiros
Di María homenageado pelos companheirosJUAN MABROMATA / AFP
A Argentina consolidou na quinta-feira a liderança isolada da qualificação sul-americana para o Mundial-2026, ao vencer o Chile (3-0), num encontro da sétima jornada movido pela homenagem ao ex-internacional Ángel Di María.

Recorde as incidências da partida

Menos de dois meses depois de ter culminado um percurso de 16 anos ao serviço dos campeões mundiais com a revalidação da Copa América perante a Colômbia (1-0, após prolongamento), nos Estados Unidos, o extremo direito do Benfica, da Liga portuguesa, foi agraciado perante quase 60.000 espetadores no Estádio Monumental, em Buenos Aires.

As notas individuais dos onzes iniciais
As notas individuais dos onzes iniciaisFlashscore

Di María, de 36 anos, subiu ao relvado antes do jogo com o Chile, ladeado pela família, e recebeu um quadro comemorativo do presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, bem como uma réplica do troféu conquistado em julho das mãos do líder da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), o paraguaio Alejandro Domínguez.

O momento foi testemunhado por jogadores e equipa técnica da Argentina, que vestiram camisolas albicelestes com o número 11 celebrizado por Fideo e reuniram-se num círculo para erguerem o avançado ao ar, sob constantes aplausos e cânticos da plateia.

Além de ter sido evocado à distância por Lionel Messi - que ainda recupera da lesão contraída na final da Copa América e não esteve em Buenos Aires -, Di María assistiu a um vídeo com momentos marcantes vividos pela seleção e uma mensagem lida pela sua filha mais velha.

“É um momento difícil para falar. Tenho muitos sentimentos por dentro. Pude jogar com várias gerações e ter grandes jogadores ao meu lado. Tivemos o azar de não ganhar nada durante anos, mas também a oportunidade de vencer com quem está aqui. Agora, sou mais um adepto e estarei a apoiar-vos”, discursou, visivelmente emocionado, distribuindo múltiplos agradecimentos.

Di María despediu-se da seleção principal da Argentina com 145 jogos, igualando Javier Zanetti no terceiro lugar, apenas atrás de Messi e Javier Mascherano, e 31 golos, tendo arrebatado duas Copas América, em 2021 e 2024, o Mundial-2022 e a Finalíssima de 2022.

O extremo planeava voltar em definitivo ao seu país este verão para fechar a carreira no Rosario Central, clube no qual despontou como sénior antes da primeira passagem pelo Benfica, de 2007 a 2010, mas as ameaças à família frustrariam essa intenção, levando-o a permanecer em Portugal e a renovar contrato com o Benfica, ao qual já tinha regressado em 2023.

Sem Messi ou Di María em campo pela primeira vez desde outubro de 2013, a Argentina foi capitaneada a tempo inteiro por Nicolás Otamendi, defesa central do Benfica, e desfez a resistência do Chile na segunda parte, graças aos golos de Alexis Mac Allister (48 minutos), Julián Álvarez (84), a passe de Giovani Lo Celso, herdeiro do número 11, e do suplente Paulo Dybala (90+1).

Os campeões planetários em 1978, 1986 e 2022 reforçaram o comando isolado da zona sul-americana de acesso ao Mundial-2026, que é disputada em 18 jornadas e qualifica diretamente os seis primeiros colocados, com 18 pontos, contra cinco dos chilenos.

Apesar de ter assustado a Argentina a caminho do intervalo, quando Matías Catalán cabeceou ao poste da baliza de Emiliano Martínez, a roja prolongou a ausência de golos ao quarto encontro oficial sob orientação do argentino Ricardo Gareca e ocupa uma comprometedora nona e penúltima posição.

Já o sétimo posto, de acesso ao play-off intercontinental, passou a ser ocupado de forma provisória pela Bolívia, após golear em casa a Venezuela (4-0), então invicta há cinco partidas, num embate decorrido em El Alto, a mais de 4.000 metros de altitude.

Ramiro Vaca (13 minutos), Carmelo Algaranaz (45+5), de penálti, Miguel Terceros (46) e Enzo Monteiro (89) construíram a vitória dos anfitriões, que chegaram aos seis pontos, enquanto Telasco Segovia, médio do Casa Pia, da Liga, atuou os 90 minutos pelos venezuelanos, quartos classificados, com nove.

As principais estatísticas da partida
As principais estatísticas da partidaFlashscore

A sétima jornada prossegue esta sexta-feira com o embate entre Uruguai e Paraguai, na despedida do avançado Luis Suárez, recordista de golos pela campeã planetária em 1930 e 1950.

A Colômbia visita o lanterna-vermelha Peru e o Brasil recebe o Equador, numa altura em que o pentacampeão mundial (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) é sexto colocado e não triunfa há quatro jogos na qualificação sul-americana, registando três derrotas seguidas.

A 23.ª edição do Campeonato do Mundo decorrerá entre 11 de junho e 19 de julho de 2026, sob inédita organização tripartida de Estados Unidos, México e Canadá.