Mundial-2026: Brasil enfrenta o Peru à procura da tranquilidade
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A vitória por 2-1 sobre o lanterna vermelha Chile na quinta-feira, em Santiago, aliviou a pressão sobre Dorival Júnior e os seus comandados, mas o jogo dos pentacampeões mundiais ainda deixa muitas dúvidas num país com um paladar futebolístico exigente.
Embora exista a consciência de que é preciso mostrar pelo menos um pouco de "jogo bonito", não há como negar dentro da seleção que o principal em momentos de dificuldade é vencer a qualquer custo.
Com a vitória contra o Chile, a seleção subiu para o quarto lugar, com 13 pontos em nove jogos, seis a menos que a líder Argentina, mas essa posição, a meio da campanha de qualificação, parece demasiado baixa para a equipa mais bem sucedida do mundo.
"No futebol há oscilações. Temos que trabalhar o mais rápido possível para sair deste momento (...) o impacto tem que ser imediato", disse Gerson, capitão do Flamengo, em conferência de imprensa.
Mudanças nos onzes
A recuperação diante do Chile pôs fim a uma série de maus resultados da seleção canarinha, que foi dizimada por lesões de titulares como Alisson, Militão e Vinícius Júnior e chegou a Santiago com apenas uma vitória nos últimos cinco jogos da qualificação.
Com isso, Dorival Júnior pretende continuar a montar uma equipe confiável e equilibrada para suprir a longa ausência de Neymar, tarefa para a qual conta com alguns dos melhores jogadores do Brasileirão.
Contra o Peru, que subiu para o penúltimo lugar depois de derrotar o Uruguai de Marcelo Bielsa em Lima, na sexta-feira, o selecionador brasileiro deve fazer algumas mudanças no onze com base nos últimos treinos.
Paquetá, suspenso por cartões amarelos, poderá ser substituído por Gerson e Bruno Guimarães deverá ser o substituto de André.
Criticado pelos adeptos, Danilo sairia do onze para permitir a entrada do lateral-direito Vanderson, numa altura em que Gabriel Martinelli, suplente em Santiago, sofreu uma lesão na perna direita.
Entretanto, a linha da frente ofensiva permaneceria intacta com Savinho, Raphinha, Rodrygo e Igor Jesus, embora o jogador do Barcelona possa regressar ao flanco e deixar o meio-campo para o avançado do Real Madrid.
"Estou feliz por ter a oportunidade de jogar diante dos nossos adeptos, isso faz a diferença", disse o avançado Igor Jesus, autor do golo do empate contra o Botafogo.
Respiração tranquila
Espera-se que a jornada dupla de outubro seja tranquila para os pentacampeões mundiais, que iriam desde logo defrontar os últimos classificados da zona sul-americana: Chile e Peru.
Os incas saíram do último lugar ao derrotarem a Colômbia, na primeira vitória da equipa do técnico uruguaio Jorge Fossati no caminho para o Mundial-2026.
Para a viagem ao estádio Mané Garrincha, com capacidade para 72 mil pessoas, os peruanos comemoram o regresso dos laterais Luis Advíncula e Marcos López e do médio Wilder Cartagena.
Ausentes contra os Charrúas por lesão ou suspensão, estão aptos para enfrentar os brasileiros e esperam conquistar um ponto em Brasília.
"A ideia é conquistar os pontos que precisamos para continuar na luta", disse Fossati.
Onze provável:
Brasil: Ederson; Vanderson, Marquinhos, Magalhães, Abner; Guimarães, Gerson; Raphinha, Rodrygo, Savinho - Igor Jesus.
Peru: Pedro Gallese; Michel Araújo, Carlos Zambrano, Luis Abram; Luis Advíncula, Wilder Cartagena, Jesús Castillo, Sergio Peña, Alexander Callens; Alex Valera e Edison Flores.
Árbitro: Esteban Ostojich (URU).