Mundial-2026: Peru com dois regressos importantes para fazer frente à Argentina
"Há menos margem para erros" e "depois do jogo contra a Argentina vou fazer um balanço", foram as frases mais destacadas por Jorge Fossati após o empate sem golos com o Chile na passada sexta-feira. Mas elas também descrevem perfeitamente a péssima fase do Peru: no fundo da tabela da qualificação sul-americana para o Mundial-2026, com seis pontos e apenas três golos marcados em 11 jogos. Agora, o país terá de visitar a campeã mundial Argentina na terça-feira, 19 de novembro, que está com sangue nos olhos depois de perder para o Paraguai no lendário estádio La Bombonera.
A equipa de Jorge Fossati não conseguiu vencer o Clássico do Pacífico e perdeu uma grande oportunidade de se aproximar do play-off, que está a cinco pontos, mas a diferença pode aumentar se os bicolores perderem para a Albiceleste e os rivais diretos pelo sétimo lugar nas eliminatórias vencerem.
No passado, os bicolores nunca perderam em eliminatórias no estádio do Boca Juniors. O Peru enfrentou a Argentina duas vezes na Bombonera e nunca perdeu em nenhuma delas, mas a Albiceleste tem uma lembrança histórica. O empate 2-2 em agosto de 1969 foi a última vez que a Argentina não se qualificou para o Campeonato do Mundo de 1970, a última vez que não disputou um Mundial.
E a outra memória remonta a 2017, quando a equipa de Ricardo Gareca empatou a 0-0 com a equipa de Jorge Sampaoli, precisando de vencer para garantir o seu lugar na Rússia 2018, algo que acabou por conseguir na jornada seguinte contra o Equador.
No entanto, a situação atual para ambas as equipas é totalmente diferente daquela altura. A diferença entre a Argentina (líder da tabela com 22 pontos) e o Peru (segundo colocado com seis pontos) é muito visível. "É uma equipa mais fraca, mais frágil defensivamente. Com o Peru, podemos jogar com o sistema que quisermos, penso eu. Porque, individualmente, o jogador argentino é mais argentino do que peruano, ainda mais vindo de Lima", analisou o jornalista argentino Mariano Closs no seu programa "ESPN F12".
Apesar de o Peru precisar de uma vitória contra os campeões mundiais, um empate pode ser um resultado positivo para encarar com mais confiança a próxima rodada dupla contra Bolívia e Venezuela, a ser disputada em março de 2025.
"Temos de entrar com humildade, o que não significa que tenhamos de baixar a cabeça a ninguém. Temos de neutralizar o máximo possível e aproveitar as oportunidades para prejudicá-los quando elas aparecerem", disse o técnico uruguaio, referindo-se à partida contra a Argentina.
Para esta partida, Jorge Fossati terá de volta Pedro Gallese e Carlos Zambrano, ausentes contra o Chile por causa de cartões amarelos, e dois jogadores importantes capazes de levar a seleção peruana a um bom resultado no Boca Juniors.
Nesse sentido, o Peru de Fossati precisa ser forte defensivamente para manter as esperanças de um bom resultado contra Lionel Messi e companhia. No entanto, ele não poderá contar com Wilder Cartagena, que foi suspenso por cartões amarelos após a partida contra o Chile. Ele poderá ser substituído por Jesús Castillo. O jogador do Gil Vicente de Portugal foi titular na partida contra o Uruguai e o Brasil.