A DFB publicou uma fotografia de quatro membros da equipa após a vitória da Alemanha por 3-2 sobre os EUA nos oitavos de final do Campeonato do Mundo de sub-17, a decorrer na Indonésia.
Mas alguns utilizadores das redes sociais fizeram uma série de comentários racistas insultando os jogadores da fotografia - Charles Herrmann, Almugera Kabar, Paris Brunner e Fayssal Harchaoui.
Após os insultos, a DFB restringiu os comentários e emitiu uma declaração: "Estamos orgulhosos da diversidade dos nossos sub-17, que estão atualmente a jogar com todo o seu coração em campo na Indonésia".
"O nosso compromisso com a diversidade está firmemente ancorado nos Estatutos da DFB, assim como os valores de tolerância e respeito. Se não partilham estes valores, por favor deixem de nos seguir. Os comentários discriminatórios e racistas não têm lugar aqui e serão eliminados em conformidade. Tomaremos medidas legais contra conteúdos ofensivos", pode ler-se.
O vencedor do Campeonato do Mundo de 2014, Jerome Boateng, de 35 anos, recorreu ao X, anteriormente conhecido como Twitter, na quinta-feira.
"Os jogadores da seleção alemã de sub-17 foram insultados racialmente após uma vitória da Alemanha no Campeonato do Mundo? Em 2023? Estão a falar a sério? Quando é que isto vai parar?", publicou.
Boateng, titular da seleção alemã durante vários anos, foi alvo de abusos semelhantes durante a sua carreira.
Em 2016, o vice-líder do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, Alexander Gauland, afirmou que "as pessoas gostam dele como jogador de futebol, mas não querem ter um Boateng como vizinho".
Charles Herrmann, nomeado melhor em campo na vitória sobre os EUA, também prestou declarações ao portal da DFB na quinta-feira: "Somos como uma família, não só no campo, mas também fora dele e vamos apoiar-nos uns aos outros, aconteça o que acontecer".
A equipa venceu todos os jogos no Campeonato do Mundo e vai defrontar a Espanha nos quartos de final na sexta-feira.