Recorde as principais incidências da partida
Foi o já citado Echeverri - pode ler mais sobre Diablito aqui - que quase deu a liderança à Argentina logo no primeiro minuto, depois de a Alemanha ter perdido a posse de bola no pontapé de saída. Mas a equipe de Wück não demorou a recuperar. Poucos minutos depois, a rede balançou do outro lado. Foi Paris Brunner (nove minutos) que, por entre as pernas do guarda-redes Jeremias Florentin, fez o 1-0 a favor dos germânicos. Aos 22 minutos, Konstantin Heide, do Unterhaching, que estava a substituir Max Schmitt, segurou a vantagem com uma defesa monstruosa.
Seguiu-se um jogo animado, em que as duas equipas quase não conseguiram respirar defensivamente. Os argentinos chegaram várias vezes à área de Heide. A exceção foi aos 34 minutos, quando Bilal Yalcinkaya esteve perto de dilatar o resultado a favor dos alemães, mas o jogador do Hamburgo não conseguiu acertar nas redes. Agustin Ruberto fez melhor, empatou aos 36 minutos e garantiu a vantagem de 2-1 para a Argentina ao intervalo com o seu sétimo golo do torneio pouco antes do apito para o intervalo (45+5).
Energia total no segundo tempo
O segundo tempo começou tão emocionante quanto o primeiro. As oportunidades surgiram a cada minuto para ambas as equipas e a equipa alemã mostrou luta e determinação. Mais uma vez, foi Paris Brunner (59 minutos) que conseguiu converter o lance em golo para a Alemanha, restabelecendo a igualdade.
Após pouco menos de uma hora, o marcador assinalava 2-2 e os adeptos em Surakarta, na Indonésia, estavam bem entretidos. A Alemanha continuou a trabalhar e completou a reviravolta, com Max Moerstedt (69 minutos) a marcar o seu quarto golo no Campeonato do Mundo, dando à Alemanha uma vantagem de 3-2.
A equipa germânica quis deixar tudo claro, mas Paris Brunner (79 minutos) foi apanhado em fora de jogo e Jeltsch (87) e von der Hitz (89) também falharam nas suas tentativas de matar o jogo. A Albiceleste ganhou novo ânimo e Echeverri (90+1) quase marcou para fazer o 3-3 e levar o jogo diretamente para os penáltis. O estádio continuou a aplaudir as duas equipas, e a Argentina, em particular, retirou daí as suas últimas forças, com Ruberto (90+8) a completar o seu "hat-trick" para garantir a derradeira decisão por pontapés da marca de grande penalidade.
A Argentina mudou o guarda-redes para a decisão por grandes penalidades. Florentin deixou o campo para a entrada de Villalba. O guarda-redes suplente não tinha jogado um único minuto no torneio e foi agora o joker da Argentina.
O herói dos penáltis: Konstantin Heide
A Alemanha marcou com Silva Moreira e Robert Ramsak, enquanto o substituto Konstantin Heide defendeu de forma sensacional os dois primeiros penáltis da Argentina, inclusive o cobrado por Etcheverri, e mostrou-se decisivo para a vitória final.
O treinador Christian Wück mostrou-se eufórico após o final da partida: "Na verdade, dormimos demais durante todo o primeiro tempo e depois mostramos as nossas verdadeiras cores no segundo. Jogámos com coragem e fomos agressivos. Estou muito orgulhoso dos rapazes por se terem adaptado ao jogo e por se terem recompensado a si próprios".