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Quem vale a pena ver na Argentina? Os dez jogadores para acompanhar no Mundial sub-20

Matej Kubove
Fabricio Díaz (Uruguai) pode vir a ser o melhor jogador do Mundial sub-20
Fabricio Díaz (Uruguai) pode vir a ser o melhor jogador do Mundial sub-20Profimedia
O Mundial Sub-20 começa este sábado e, mesmo sem a presença de Portugal, há muitos jovens a ter em conta, para acompanhar atentamente na Argentina. O Flashscore selecionou dez dos nomes mais interessantes para seguir na competição.

Máximo Perrone (Argentina)

Com seis títulos, a Argentina é a equipa mais bem sucedida na história do Campeonato do Mundo de Sub-20. O ambiente caseiro, bem como o sucesso da seleção principal no Mundial do Catar, em dezembro, aumentam a determinação da equipa do treinador Javier Mascherano em dominar a competição.

O líder da equipa deverá ser Perrone, que pertence ao Manchester City. O médio defensivo é um produto do Vélez Sarsfield, pelo qual disputou 22 jogos no campeonato até à sua saída em janeiro. Estreou-se com a camisola dos citizens em fevereiro, substituindo Haaland. Poucos dias depois, recebeu a sua primeira convocatória para a equipa principal, mas ainda não jogou.

Luka Romero (Argentina)

O médio ofensivo nasceu no México, filho de pais argentinos. Aos três anos de idade, foi levado para a Andaluzia, em Espanha. Posteriormente, a família mudou-se para a pequena ilha de Formentera, perto de Ibiza, onde deu os primeiros passos no futebol no PE Sant Jordi. Foi aí que o Maiorca lhe chamou a atenção. Estas ilhas estão situadas muito perto uma da outra e, de barco, estão a poucos minutos de distância.

Romero também fez um teste no Barcelona, mas como ainda não tinha 10 anos e não era da Catalunha, não pôde juntar-se a La Masia. Com dez anos, já tinha assinado um contrato de oito anos com o Maiorca, tal era o seu potencial. Em quatro épocas, marcou 230 golos em 108 jogos.

Tinha apenas 15 anos e 229 dias quando entrou pela primeira vez num jogo da LaLiga, batendo o recorde de jogador mais jovem da história da competição. Ninguém mais novo tinha jogado nas cinco principais ligas europeias. Em 2021, transferiu-se para a Lazio. Na sua estreia, tornou-se o jogador mais jovem da história do clube romano, conquistando gradualmente um lugar no plantel, apesar de ter apenas 18 anos. Durante o mês de março, Lionel Scaloni também o chamou à equipa principal, mas ainda não foi titular.

Matías Soulé (Argentina)

Na ausência de Alejandro Garnacho, a maior arma ofensiva será este talento da Juventus, também ele filho do Vélez. Os italianos adquiriram-no a título gratuito. Passou um ano na equipa de juniores e depois foi para a Série A, através da equipa B. Marcou um golo em quinze jogos e estreou-se também na Liga dos Campeões.

Muitos comparam o seu estilo de jogo ao de Di Maria. Pertence também a um grupo de jovens com quem a selecção nacional masculina já quer trabalhar. Scaloni enviou-lhe o seu primeiro convite em novembro. Embora não estivesse na lista de convocados, teve a oportunidade de treinar ao lado do seu modelo, Lionel Messi.

Gabriel Slonina (Estados Unidos)

É sabido que o futebol nos Estados Unidos tem vindo a ganhar popularidade há muito tempo e que o trabalho com os jovens tem melhorado imenso. Mas há anos em que os americanos têm de o mostrar. Têm uma geração forte a crescer. O guarda-redes Slonina é um desses exemplos, com um grande futuro à sua frente.

Tinha apenas 17 anos e 81 dias de idade, em agosto de 2021, quando o Chicago o colocou na baliza pela primeira vez na MLS. Tornou-se o guarda-redes mais jovem da história da liga e não deixou a titularidade para mais ninguém. Impressionou tanto o Real Madrid como o Chelsea com grandes exibições, acabando esta última equipa por sair vencedora.

Graças aos seus pais, a selecção polaca também quis Slonina, mas este recusou a oferta em maio de 2022 e optou pelos Estados Unidos. Em janeiro de 2023, fez a sua estreia como guarda-redes mais jovem da história da selecção americana.

Simone Pafundi (Itália)

Um dos jogadores mais jovens e mais talentosos do evento. No final da época 2021/22, com 16 anos, tornou-se o primeiro jogador da Serie A italiana nascido em 2006 a ser titular. A Udinese descobriu-o em 2014 e cuidou dele. Destaca-se pela sua velocidade, passes precisos e decisões brilhantes.

O treinador Mancini convocou-o para a equipa principal de Itália em maio de 2022. Ninguém mais jovem do que Pafundi jogou pela "Squadra Azzurra" nos últimos cem anos. Até à data, disputou nove jogos pela Udinese. Muitos comparam-no ao lendário Di Natale.

Tommaso Baldanzi (Itália)

O Empoli sabe muito bem a jóia que tem neste médio ofensivo e, por isso, comprometeu-se com ele até 2027. Em outubro de 2020, jogou pela primeira vez na equipa principal, ao mesmo tempo que ajudou os sub-19 a conquistar o título da principal liga de jovens. Posteriormente, conquistou um lugar na equipa A. Recentemente, por exemplo, foi decisivo na vitória por 1-0 sobre o Inter.

Baldanzi é um exemplo típico de um jogador com o número 10, que se destaca pela criatividade. Inspira em Dybala. O treinador Mancini já o viu no estágio da seleção principal. Paradoxalmente, nunca jogou pela equipa sub-20, mas agora será o seu líder. Foi titular na categoria sub-21.

Andrey Santos (Brasil)

O líder e maestro do Brasil. O protótipo do médio moderno, com excelente técnica de remate, distribuição, passes para finalização e apoio defensivo. Estes são os aspetos que atraíram o Chelsea, que o comprou ao clube de origem, o Vasco da Gama, mas manteve-o emprestado até ao verão, para continuar a ganhar experiência de jogo. Marcou nove golos em 47 jogos na Série A.

Andrey Santos estreou-se na equipa principal com 16 anos e, no Campeonato Sul-Americano de Sub-20 deste ano, foi o melhor marcador da prova, juntamente com Vítor Roque, com seis golos. Além disso, em março, contra Marrocos, fez a sua estreia pela seleção principal do Brasil, que lutará pelo sexto título mundial da categoria, na Argentina.

Marcos Leonardo (Brasil)

Tem apenas 20 anos e já disputou mais de 100 jogos pelo Santos no principal campeonato brasileiro, marcando 31 golos. Estreou-se no futebol sénior pouco depois de completar 17 anos. Pela seleção brasileira sub-20, fez oito jogos e marcou dez golos.

Marcos Leonardo é o maior aspirante à bota de ouro do campeonato. O Brasil vai contar com ele na frente, uma vez que o já mencionado Vitor Roque, de 18 anos, que já jogou pela selecção brasileira, e o super talento Endrick, de apenas 16 anos, não vão viajar para o torneio. Entre outros, espera-se que o ala Sávio desempenhe um papel importante no ataque do Brasil.

Matheus Nascimento (Brasil)

Há também Matheus Nascimento. O terceiro brasileiro da nossa seleção, embora pudéssemos escolher muitos mais. Especialmente o guarda-redes Mycael ou o defesa Robert Renan, ambos grandes promessa. Matheus Nascimento está já na mira do Real Madrid. Está no futebol sénior desde 2020, quando tinha apenas dezasseis anos.

O Botafogo viu e ainda vê nele um enorme potencial, também do ponto de vista financeiro, pois  certamente não o irá vender por pouco. Fez três jogos pela seleção nacional sub-20 e marcou o mesmo número de golos. O ataque brasileiro é simplesmente explosivo e será um grande problema para qualquer adversário.

Fabricio Díaz (Uruguai)

O médio uruguaio virá definitivamente para a Europa no verão. O Barcelona é o maior interessado, mas outros clubes, como o Atlético Madrid, estão a acompanhar a situação. Desde 2020 que é um dos pilares do Liverpool Montevideo, clube pelo qual disputou mais de uma centena de jogos, tendo estado também no onze ideal da época durante a última edição.

Díaz é o protótipo de um médio-centro moderno, com forte apoio defensivo e ideias ofensivas. Está a tornar-se um grande futebolista e, em breve, será motivo de conversa na Europa. Com todo o respeito pelas outras estrelas do campeonato argentino, ele é provavelmente o jogador com maior potencial para chegar ao mais alto nível.