À mercê de Camarda: Erros em catadupa traem Portugal e Itália é campeã europeia sub-17 (3-0)
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Duas alterações no onze de João Sousa com as entradas de Edgar Mota e Eduardo Fernandes (Dudu), nos lugares de Duarte Soares e Cardoso Varela. De recordar que, depois de uma fase de grupos acessível e 100% vitoriosa (Suécia, Eslováquia e Polónia), os transalpinos afastaram a Inglaterra nas grandes penalidades e a Dinamarca.
Entrada em falso... a dobrar
Tal como aconteceu nas meias-finais contra a Sérvia, a equipa das quinas voltou a entrar algo desligada no jogo. Logo nos primeiros instantes, um trabalho de Liberali à entrada da área acabou com Camarda a rematar ao lado. A má entrada foi castigada aos sete minutos, quando, depois de uma perda de bola, o cruzamento perfeito de Cristian Cama ao segundo poste encontrou a entrada de rompante de Coletta que cabeceou sem hipóteses para Diogo Ferreira.
O guardião luso esteve em destaque pouco depois ao negar o segundo golo com uma grande defesa a remate de Camarda, depois de uma perda de bola em zona proibida. O avançado do AC Milan perdoou as duas primeiras, mas à terceira foi de vez: num ataque rápido, teve a passadeira estendida sobre a esquerda, furou pela área com passividade de Rui Silva e de ângulo apertado aumentou a diferença, com 15 minutos no relógio.
Soou o alarme nas hostes portugueses, Quenda e Rodrigo Mora despertaram para tentar dar a volta à situação. O extremo do Sporting fez dois remates perigosos, o médio do FC Porto atirou um cabeceamento ao lado numa jogada bem construída e depois serviu um remate de Dudu para uma grande defesa de Pessina, que já lhe tinha negado uma recarga.
Portugal cresceu e tomou conta do jogo, mas faltava acerto e assertividade no último terço. Perto do intervalo, Quenda recuperou a bola em zona alta, entrou na área e serviu Rodrigo Mora, que rematou enrolado e ao lado. Ao mesmo tempo que parecia ser o mais esclarecido (a par de João Simões), o jovem dragão não estava feliz na hora de finalizar. Nos descontos, voltou a rematar em zona promissora por cima da trave.
Uma montanha (cada vez maior) para escalar
No reatamento, sem alterações dos dois lados, Rodrigo Mora foi derrubado na grande área, mas o árbitro mandou jogar e no seguimento valeu Diogo Ferreira a negar o terceiro. Por seu lado, os transalpinos não precisavam de muito para criar perigo: aos 50 minutos, Mosconi foi lançado em profundidade, fez um compasso de espera e desmarcou Camarda que, sem qualquer oposição, finalizou perante o desamparado guardião para o 3-0.
João Santos precisava de dar um abanão, procedendo a três alterações de uma assentada com as entradas de Tiago Ferreira, Cardoso Varela e Afonso Patrão que quase deram resultado imediato. Na primeira vez que Geovany Quenda respeitou a subida de Edgar Mota, o lateral cruzou para um cabeceamento de Mora desviado por um defesa. Na outra área, voltou a ser Diogo Ferreira a evitar o pior, travando o golo certo de Di Nunzio.
Os últimos minutos foram repletos de precipitações, erros e duelos que só serviam aos transalpinos e não ajudavam os portugueses, cada vez mais cabisbaixos. Já perto dos 90 minutos, uma sobra deixou a bola nos pés de Tiago Ferreira, cujo remate forte tinha selo de golo, mas foi afastado por um defesa a meio do caminho.
Apesar da derrota, fica na retina a boa campanha do conjunto português e algumas individualidades que parecem ser uma certeza no futuro a longo prazo da equipa das quinas.