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Demorou, mas não falhou: Mora e Trovisco dão a volta à Sérvia e carimbam final do Euro sub-17 (2-3)

Reviravolta nos descontos depois de muito desperdício
Reviravolta nos descontos depois de muito desperdícioFPF
A seleção portuguesa de sub-17 operou uma reviravolta épica nos últimos minutos da meia-final com a Sérvia com os golos de Rodrigo Mora e João Trovisco a carimbarem a passagem à final. Apesar de tardia, a reação e a vitória são um prémio merecido para a turma de João Santos que desperdiçou a bom desperdiçar ao longo de todo o encontro. Na final, defrontam a Dinamarca ou a Itália, que entram em campo às 18:30.

Recorde aqui as incidências do encontro

Depois de ultrapassar o grupo da morte na liderança com vitórias sobre Espanha e Inglaterra - e uma derrota com a França - e vencer a Polónia nos quartos de final, o duelo com a Sérvia parecia, pelo menos na teoria, mais acessível para a turma de João Santos. 

Escolhas iniciais dos treinadores
Escolhas iniciais dos treinadoresFlashscore

Uma primeira parte Infelicíssima

Até pela qualidade demonstrada - coletiva e individual -, mas nada saiu bem aos lusos no arranque da partida, com o guardião Diogo Ferreira a ser chamado a intervir nos primeiros segundos. Portugal ainda respondeu com uma dupla oportunidade de Rodrigo Mora e Cardoso Varela, mas a defensiva sérvia afastou os remates tímidos. Ao mesmo tempo, Geovany Quenda mostrava manifesta desinspiração: primeiro rematou à trave, depois apareceu isolado mas rematou muito enrolado e sem perigo para Jovanovic. 

Aos 22 minutos, Cvetkovic trabalhou muito bem na quina da área ao simular e fazer uma tabela com Rankovic antes de rematar rasteiro e em arco sem hipóteses para Diogo Ferreira. Pouco depois, Maksimovic voltou a ameaçar para os sérvios com um remate por cima da trave.

Portugal respondeu com boas oportunidades, mas a desinspiração e a falta de eficácia impediam o empate. Em cima da meia hora, Gabriel Silva fintou o guarda-redes, tocou para a pequena área, onde o desvio de Rodrigo Mora foi afastado em cima da linha. 

No meio de tanto desperdício, os lusos foram abaixo animicamente e a Sérvia acabou por aproveitar para duplicar a vantagem, com alguma sorte à mistura. Mérito, no entanto, para o bom trabalho de Cvetkovic para servir o colega Rankovic que rematou para uma defesa de Diogo Ferreira para a frente, com a bola a bater caprichosamente em Eduardo Felicíssimo e a entrar na baliza. 

Ode ao desperdício

Até ao intervalo, Portugal deixou-se abater e a Sérvia ainda ficou perto do terceiro golo, num remate de Vaclic ao ferro. Porém, no recomeço, a equipa veio de cara lavada e podia ter relançado o encontro nos primeiros segundos, mas Quenda voltou a decidir mal quando tentou servir dois colegas sozinhos na área.

Os sérvios podiam ter fechado a discussão aos 52 minutos, quando Rankovic aproveitou uma precipitação de Diogo Ferreira para fintar o guarda-redes, mas escorregou no momento do remate e acertou na trave. Logo a seguir, foi novamente Quenda a aparecer completamente sozinho na cara de Jovanovic e a hesitar entre o remate ou o passe, com o lance a perder-se. 

Aos 60 minutos, o jovem extremo do Sporting ainda se redimiu na cobrança de um livre lateral para a pequena área, contando com o infortúnio do recém-entrado Damjanovic, que desviou para a própria baliza. Com a injeção de motivação, João Santos foi ao banco buscar Afonso Patrão e Edgar Mota para a última meia hora.

No entanto, a desinspiração parecia ser geral porque o recém-entrado Patrão voltou a ter uma ocasião clamorosa perante o guarda-redes, tentou fintá-lo e perdeu tempo de remate. Ainda na insistência do lance, um bom trabalho à entrada da área deixou Quenda com espaço para o remate, mas a tentativa voltou a sair bem torta.

Nos últimos minutos, a Sérvia voltou a tentar uma grande ocasião para marcar, mas Rui Silva foi o bombeiro de serviço ao afastar a bola em cima da linha. 

(De)Mora mas não falha, por raios e Trovisco

Como tantas vezes acontece no futebol, os sérvios não fecharam a porta do resultado e deram uma brecha prontamente aproveitada pelos portugueses. A um minuto do fim, o recém-entrado Dudu tirou um cruzamento rasteiro da direita e apareceu de rompante Rodrigo Mora, com um desvio de classe, a fazer o empate. Foi o quinto golo do jovem dragão na prova, o melhor marcador do torneio.

Os seis minutos de compensação eram um convite para uma reviravolta tardia. Mora ficou perto de destruir os sérvios com uma belíssima jogada individual logo a seguir ao golo, mas o remate saiu a rasar o poste do lado errado. Não marcou ele, marcou o recém-entrado João Trovisco. O médio ofensivo seguiu o exemplo do colega, aproveitou o cruzamento perfeito de Edgar Mota e, sozinho na pequena área, carimbou a passagem à final do Euro sub-17.