Diz o povo que não há duas sem três e Portugal sub-17 espera confirmar a sabedoria popular. Esta quarta-feira, a Seleção Nacional defronta Itália na final do Campeonato da Europa Sub-17 e vai tentar juntar-se a Espanha, Países Baixos e França como os únicos países que já conseguiram vencer a prova em três ocasiões (os neerlandeses somam quatro).
Com 12 golos marcados, a Seleção Nacional tem mostrado uma vertente ofensiva aguçada (só superada pela República Checa) e encanta com o futebol praticado no Chipre. Assim, o Flashcore apresenta-lhe três figuras que podem ajudar a decidir a final para o lado português.
Rodrigo Mora (17 anos)
Não há como dar a volta, é a figura de Portugal. Mais jovem de sempre a atuar (15 anos) e marcar (16 anos) nos campeonatos profissionais, este médio caminha com passos seguros para ser uma certeza e não só uma promessa.
Um criativo hábil a ler o jogo, perspicaz a chegar a situações de finalização (tem cinco tentos e é o melhor marcador da prova), mas com um motor interessante e capaz de ajudar em termos defensivos. É caso para dizer que é um 10 que se adaptou às exigências do futebol moderno onde parece não existir espaço para essa espécie cada vez mais rara.
Será muito por ele que irá passar o sucesso de Portugal. Neste Campeonato da Europa só não marcou diante da Françam curiosamente o único jogo que a equipa perdeu.
João Simões (17 anos)
É o capitão e o jogador mais experiente desta seleção. Está no segundo Europeu sub-17 e tem sido o pêndulo desta equipa no meio-campo.
Canhoto, dotado tecnicamente e com boa capacidade de passe, é por ele que passam todas as saídas para o ataque de Portugal. Defensivamente mostra qualidade para ajudar David Daiber ou Eduardo Felicíssimo, normalmente os médios mais defensivos.
Em 2003 foi titular em todos os jogos na campanha menos conseguida da equipa das quinas (eliminação na fase de grupos), desta feita pode redimir-se e ser ele a erguer o troféu.
Cardoso Varela (15 anos)
A surpresa desta seleção. A cumprir o primeiro Europeu sub-17, o extremo do FC Porto tem-se destacado pela velocidade que imprime no flanco esquerdo.
Com um nome menos conhecido que Geovany Quenda, tem aproveitado um Europeu menos inspirado do jogador leonino para se destacar na outra ala. Marcou diante de Espanha e leva três assistências, todas feitas no duelo com Inglaterra.
Vai ser um dos responsáveis por ameaçar a defesa italiana que é a melhor da prova (dois golos sofridos apenas).
