Humberto Coelho convicto no sucesso da atual geração sub-17 no Europeu sub-19
“Não se pode ganhar sempre. Estão numa fase de crescimento extraordinário. Penso que esta geração, se não ganhámos agora, vamos ganhar nos sub-19. Estão a trabalhar lindamente, com grande intensidade e talento. É um torneio importante para a FPF e queremos ganhar. É isso que têm de continuar a fazer, ter ambição de ganhar. Para se conseguir isso, é preciso muito trabalho”, afirmou o antigo defesa central, de 74 anos.
A seleção portuguesa de sub-17 foi hoje recebida na Cidade do Futebol, em Oeiras, por dezenas de funcionários da FPF e também pela seleção sub-18, após o retorno a Lisboa na noite de quinta-feira, oriundos da participação no Campeonato Europeu, no Chipre.
“Quando começámos a época, tínhamos o sonho de chegar ao último jogo da fase final e poder discuti-lo. Fizemos um percurso muito bom e temos um grande orgulho nele. Cumprimos o objetivo que tínhamos. Não acabámos como gostávamos, mas não apaga nada do que fizemos nos últimos meses de trabalho. Soubemos sempre levantar-nos e agora é olhar em frente, tendo atenção às escadas mais pequenas no caminho”, frisou.
A comitiva portuguesa almoçou nas instalações federativas, numa zona de esplanada, na qual ainda receberam, durante a refeição, a breve visita do selecionador principal, Roberto Martínez, e dos jogadores Pepe, Rui Patrício e Bernardo Silva, que lhes deram algumas palavras de incentivo para o futuro e felicitações pelo trajeto na competição.
“Dá-nos mais responsabilidade para podermos melhorar, trabalhar mais e mantermos a humildade. Se continuarmos assim, vamos conseguir conquistar muitas coisas. Agora é levantar a cabeça, pois o percurso foi muito bom e positivo. Evoluímos muito como equipa”, referiu pela sua vez o médio João Simões, que capitaneou a equipa na prova.
A seleção portuguesa de sub-17 perdeu na final do Campeonato Europeu da categoria, na quarta-feira, num encontro perante a congénere de Itália, que triunfou por 3-0.
A Itália, que se sagrou pela segunda vez campeã europeia, após ter vencido a primeira edição (1982), ainda como sub-16 - a prova passou a sub-17 a partir de 2001 -, chegou ao intervalo a vencer já por 2-0, com os golos de Federico Coletta, aos sete minutos, e Francesco Camarda, aos 16, jogador que 'bisou' no arranque da segunda parte, aos 50.
Portugal falhou assim a oportunidade de assegurar o sétimo troféu, após as conquistas de 2016 e 2003 - estes já em sub-17 -, e 2000, 1996, 1995 e 1989 - ainda como sub-16.