Missão cumprida com espetáculo, mas pouca eficácia: sub-21 vencem Grécia por 2-0
Recorde aqui as incidências do encontro
Rui Jorge fez apenas duas alterações nesta noite chuvosa em Guimarães, optando por Vasco Cousa e Carlos Borges em detrimento de Dário Essugo e Henrique Araújo, em relação à goleada diante da Bielorrússia (6-1). As esperanças procuravam a quarta vitória em quatro jogos, agora na receção a uma Grécia que somava uma vitória e dois empates.
Logo aos 40 segundos, Francisco Conceição sentiu a leveza da braçadeira de capitão, fugiu ao defesa sobre a direita e cruzou para o cabeceamento de Fábio Silva que saiu por cima da trave, prejudicado pelo choque com o guarda-redes e um defesa grego. Pouco depois, foi Vasco Sousa a servir para o avançado do Wolves acertar nas luvas do guarda-redes.
Com o selecionador principal, Roberto Martínez, a assistir na bancada, os jovens portugueses continuaram a carregar, com Rodrigo Gomes a tirar um bom cruzamento, sem que Carlos Borges tivesse acreditado que a bola passava. A Grécia respondeu de forma tímida, aos 19 minutos, num livro de longa distância que Samuel Soares sacudiu por cima da trave.
A chuva começava a pesar no relvado e cada vez mais parecia que seria preciso algo especial para desbloquear o nulo, algo que aconteceu aos 26 minutos: Carlos Borges furou por entre dois defesas e tocou para o lado, João Marques deu seguimento à jogada, Francisco Conceição, em zona central, abriu à direita para Rodrigo Gomes que, já dentro da área, disparou de primeira ao ângulo do primeiro poste.
Terceiro golo do jovem emprestado pelo SC Braga o Estoril na prova e que golo! Até ao intervalo, Francisco Conceição continuou a dar espetáculo com momentos de magia, mas Portugal não conseguiu ampliar o resultado perante uma formação helénica que, à exceção do livre, raramente chegou ao último terço.
No regresso dos balneários, Tiago Morais e Leonardo Buta foram a jogo para os lugares de Carlos Borges e Rafael Rodrigues. A nível prático, pouco mudou, porque o carrossel ofensivo continuou e o recém-entrado Morais foi o primeiro a colocar a defesa grega em sentido com um remate forte ao lado. Seguiu-se Francisco Conceição com uma tentativa colocada que ainda beijou a trave.
Dava para tudo, mas a vantagem era mínima e o poderio físico dos gregos poderia criar problemas em bolas paradas bem aproveitadas, especialmente num terreno propício a esse tipo de jogo. Enquanto Portugal desperdiçava oportunidades - Tiago Morais tirou um bom cruzamento que não foi correspondido -, Kitsos apareceu com um bom serviço desperdiçado pela cabeça de Sourlis no coração da área.
O infeliz Fábio Silva deu lugar a Tiago Tomás, tal como João Marques deu a Mateus Fernandes, e foi a vez de o avançado do Wolfsburgo ter desperdiçado uma boa oportunidade na qual tentou fazer um chapéu ao guarda-redes. Logo a seguir, Tiago Morais tentou servir Francisco Conceição, mas uma carambola levou a bola por cima da trave. O sossego chegou, finalmente, aos 73 minutos.
Rodrigo Gomes foi derrubado por Tolis dentro de área e, chamado à conversão, o capitão Conceição deu tranquilidade à seleção, enganando o guardião. Se rima é porque é verdade e a prova está no golo anulado aos gregos, pouco depois, por fora de jogo.
Até ao apito final, Portugal ainda somou mais duas ocasiões de golo, primeiro com Mateus Fernandes a servir Paulo Bernardo no coração da área cujo remate foi desviado por um defesa, depois Tiago Morais voltou tentar a sorte, mas atirou ao lado.
Homem do jogo Flashscore: Francisco Conceição (Portugal).