Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

O público, e em especial Víctor Gòmez, conheceram finalmente o talento de Mudryk

Daniel Núñez
Mudryk não conseguiu evitar uma derrota por 5-1
Mudryk não conseguiu evitar uma derrota por 5-1DANIEL MIHAILESCU / AFP
Ainda em segundo plano no Chelsea, que pagou 100 milhões de euros no inverno para contar com os seus serviços, o extremo desempenhou um papel importante nos primeiros minutos da meia-final do Campeonato Europeu de sub-21.

Mykhailo Mudryk (22 anos) mudou de vida há alguns meses, quando o clube de Stamford Bridge fez um all in na sua contratação para a Premier League. Jogava no Shakhtar Donetsk - depois de ter passado também pelo Arsenal de Kiev e pelo Desna - e ainda não tinha tido qualquer experiência no estrangeiro, longe de um país agora abalado pela guerra.

O "10", que há muito sabe o que é jogar na seleção principal ucraniana, tem estado em segundo plano durante este Campeonato da Europa de Sub-21. Os problemas físicos impediram-no de se estrear na fase de grupos e só nos quartos de final é que somou os primeiros minutos. A França, favorita à priori, estava na frente, mas não conseguiu fazer valer o golo inaugural, por intermédio de Rayan Cherki. Minutos mais tarde, antes do intervalo, com assistência de Mudryk, os ucranianos viraram o jogo e conseguiram a qualificação.

Os números de Mudryk
Os números de MudrykFlashscore

Assim, a estrela ucraniana chegava às meias-finais com um pouco mais de ritmo e vontade de fazer a diferença. E foi o que fez desde cedo, deixando Victor Gomez desconfortável e assinando uma jogada brilhante que, antes do quarto de hora, resultou no golo de Artem Bondarenko. A alegria de pouco serviu, já que Abel Ruiz empatou, Oihan Sancet colocou a Espanha em vantagem, Antonio Blanco marcou o terceiro e Aimar Oroz e Sergio Gomez juntaram-se à festa depois (5-1).

Leia aqui a crónica Flashscore

Real Madrid, um adversário frequente

O público, principalmente o da LaLiga, ficou finalmente a conhecer o jogador que, quase sem querer, se tornou protagonista de uma novela em janeiro. Como internacional sub-17, já tinha defrontado a Espanha - a esse nível - em 2018 sem conseguir destacar-se muito (1-1). Pelo Shakhtar, jogou 17 minutos numa pesada derrota (0-5) contra o Real Madrid em 2021, visitou o Bernabéu dias depois (2-1), experienciou outro duplo duelo contra os Blancos em 2022, e, agora pelo Chelsea, voltou a passar despercebido nos quartos de final em abril deste ano.

Mudryk brilhou, mas o vendaval espanhol foi imparável
Mudryk brilhou, mas o vendaval espanhol foi imparávelDANIEL MIHAILESCU / AFP

Nos seis jogos anteriores contra uma equipa espanhola - a grande maioria contra os reis da Europa por obra do acaso - nunca esteve diretamente envolvido num golo. Apesar de ainda não ter festejado um golo, a assistência que fez na quarta-feira conta como se ele próprio tivesse mandado a bola para a baliza. Com pelo menos uma década de futebol pela frente, parece provável que tenha mais oportunidades a nível de clubes e de representar o seu país.