Portugal vai disputar nona fase final após três decisões perdidas
A equipa treinada por Rui Jorge vigora como vice-campeã em título desde junho de 2021, quando perdeu a final da edição de 2021 diante da Alemanha (0-1), com um golo solitário de Lukas Nmecha, em Ljubljana, na Eslovénia, para reeditar os deslizes de 1994 e 2015.
Num formato que passou a incluir 16 seleções e foi organizado pela primeira vez por dois países - Eslovénia e Hungria -, Portugal tinha começado por dominar o Grupo D, após ter batido Croácia (1-0), Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), numa primeira fase jogada em março.
As eliminatórias foram realizadas dois meses depois, devido à pandemia de covid-19, e o conjunto de Diogo Costa, Diogo Dalot, Vitinha, Rafael Leão, Dany Mota ou Fábio Vieira - eleito melhor jogador do torneio - conseguiu impor-se à Itália (5-3, após prolongamento), nos quartos de final, e à Espanha (1-0), nas meias, até à derrota fatal com a Alemanha.
Portugal estreou-se na principal prova continental de seleções de sub-21 há 29 anos, em França, onde a denominada geração de ouro era uma das quatro finalistas e acedeu ao jogo decisivo com um êxito ante Espanha (2-0), fixado por Rui Costa e João Vieira Pinto.
Orientados por Nelo Vingada, os lusos tinham 15 dos 18 campeões mundiais de sub-20, em 1991 e viram Luís Figo ser designado o MVP do torneio, mas cederam frente à Itália (0-1, após prolongamento), em Montpellier, com um tento de ouro de Pierluigi Orlandini.
Depois de 1994, que ditou a única final da prova decidida através daquele extinto modelo de desempate, Portugal voltou a transcender-se em 2015, na República Checa, e chegou ao primeiro posto de um grupo com Inglaterra (triunfo por 1-0), Itália (0-0) e Suécia (1-1).
Ao golear a Alemanha nas meias (5-0), para a vitória lusa mais dilatada de sempre num Europeu da categoria, o conjunto do atual selecionador Rui Jorge reencontrou os suecos na final, mas vacilou no desempate por penáltis (3-4, após 0-0 no final dos 120 minutos).
Em Praga, o desperdício luso da marca dos 11 metros teve autoria de Ricardo Esgaio e William Carvalho, que foi eleito o melhor jogador da prova e viria a arrebatar o Euro2016 pela seleção principal no ano seguinte, a par de Raphaël Guerreiro, João Mário e Rafa.
Portugal ficou às portas de nova final em 2004, quando foi vice-líder de uma poule com Suécia (1-3), Suíça (2-2) e a anfitriã Alemanha (2-1), antes de ser derrotado nas meias pela Itália (1-3) - que selou o seu quinto e último título face à Sérvia e Montenegro (3-0).
A formação comandada por José Romão viria, depois, a fechar o pódio dessa edição, ao superiorizar-se com reviravolta à Suécia (3-2, após prolongamento) no jogo de atribuição da medalha de bronze, assegurando o quarto melhor desempenho nacional de sempre.
Nas restantes quatro participações, o conjunto das quinas sofreu outras tantas quedas na fase de grupos, desde logo em 2002, ao ser terceiro colocado de uma poule com a campeã vigente Itália (1-1), e a anfitriã Suíça (0-2), que avançaram, e a Inglaterra (3-1).
Igual desfecho aconteceu em 2006, quando as expectativas inerentes à organização da prova em seis cidades lusas foram rapidamente refreadas com derrotas perante França (0-1) e Sérvia e Montenegro (0-2), antes da despedida vitoriosa frente à Alemanha (1-0).
No ano seguinte, a goleada contra Israel (4-0), o empate com a Bélgica (0-0) e o desaire imposto pelos anfitriões Países Baixos (1-2), a caminho da revalidação do título, apenas valeram o terceiro lugar da poule e, por consequência, um embate adicional com a Itália, de apuramento para os Jogos Olímpicos Pequim2008, com os azzurri a ganharem nos penáltis (3-4, após 0-0 no final do tempo extra) - Manuel Fernandes e Antunes falharam.
Portugal voltaria a tombar cedo em 2017, na Polónia, num formato com 12 finalistas, já que a derrota frente à Espanha (1-3) impediu o acesso às meias como melhor segundo colocado da primeira fase, apesar dos triunfos sobre a Sérvia (2-0) e a Macedónia (4-2).
Nos 31 desafios cumpridos ao longo de oito fases finais, a equipa das quinas somou 15 vitórias, sete empates e nove desaires, com 47 golos marcados e 31 sofridos, mas sem direito a entrada no quadro de honra do Europeu de sub-21, que integra 10 vencedores distintos e cuja liderança é partilhada entre Espanha e Itália, cada uma com cinco êxitos.