Esta terça-feira, Bielorrússia e Lituânia tinham encontro marcado na quarta jornada do Grupo C1 da Liga das Nações de futebol feminino, que conta como apuramento para o Europeu. Duas primeiras classificadas, a partida ganhava contornos importantes para decidir quem subia de divisão, mas não será disputada.
Edgaras Stankevicius, presidente da Federação Lituana de Futebol, tomou a decisão de não permitir que a equipa entrasse em campo contra a Bielorrússia. Um protesto pelo facto de o adversário ser um aliado da Rússia na invasão da Ucrânia.
“Podem impor uma falta de comparência, castigos, o que quiserem. Não vamos jogar”, garantiu após o sorteio: “Na Suíça tive uma breve conversa com a UEFA em que frisei a nossa posição e descobri que não sabem o que fazer nesta situação. Não sei se vai ser o 0-3, ou a desqualificação da competição”.
Esta é, de resto, a segunda vez que a Lituânia se recusa a defrontar a Bielorrússia. Já o tinha feito a 31 de maio, na partida da terceira jornada.
Países vizinhos, Lituânia e Bielorrússia compartilham uma fronteira de 80 quilómetros. Coexistiam pacificamente até fevereiro de 2022, quando se deu a invasão da Rússia. O executivo de Vilnius encerrou todos os acordos bilaterais com o vizinho e começou a dar asilo a presos políticos do regime de Lukashenko.