Recorde as incidências da partida
Apesar do prémio que esperavam em caso de vitória, talvez devido à confiança com que venceram na Dinamarca, a equipa de Montse Tomé entrou em campo demasiado descontraída. Um pecado pelo qual foi duramente castigada. Logo aos três minutos, Thomsen finalizou um cruzamento sem marcação de Snerle para bater Misa e fazer o 1-0.
O golo despertou a equipa, que começou a ter bola através de Alexia Putellas e a avançar para o ataque. Mas apenas conseguiram um remate de Eva Navarro que foi bloqueado sem grande dificuldade pela defesa dinamarquesa. Muitos cantos, um livre contra a barreira cobrado por Hermoso e demasiada precipitação. A Espanha não era a Espanha. E para piorar a situação, no contra-ataque, as dinamarquesas meteram medo no corpo. Misa quase que colocou a bola na sua própria baliza, já com a bola nas mãos, depois de ter defendido o remate de Bruun.
Nem mesmo de pénalti
Na segunda parte, as campeãs do mundo entraram com um novo fôlego. Salma Paralluelo foi a primeira a tentar. Depois foi a vez de Teresa. Mas foi novamente a Dinamarca que esteve mais perto do golo, com um remate ao poste de Harder.
A Espanha continuava a tentar, mas faltava-lhe profundidade. Não conseguia encontrar espaços e o posicionamento das adversárias dificultava as combinações rápidas. No entanto, a persistência deu frutos com a marcação de uma grande penalidade, por mão de Moller. Caldentey assumiu a responsabilidade, tal como na primeira mão, mas Ostergaard adivinhou as suas intenções.
O pior ainda estava para vir. Com a equipa da casa em desvantagem e a defesa no seu próprio campo, Thomsen ganhou ritmo a Teresa e cruzou assim que Misa saiu ao seu encontro para fazer o 0-2. Ainda faltavam 20 minutos para procurar pelo menos o empate.
Orgulho, Putellas e Paredes
Se não se tratava de futebol, tratava-se de orgulho. E este a Espanha tinha-o de sobra. E o prémio chegou. Finalmente, na sequência de um canto, o oitavo, Putellas encontrou Irene Paredes que, com a ajuda de um ressalto de uma adversária, reduziu a diferença apenas três minutos após o golo dinamarquês.
Não podia ter havido melhor reação... ou não. Porque numa ação semelhante, no ataque seguinte, surgiu o 2-2. Alexia Putellas cobrou outro canto e Irene Paredes apareceu para bisar.
Lucía García e a Suíça
E quando as dinamarquesas pareciam contentar-se com o empate como mal menor, a Espanha continuou a procurar o golo que lhe daria a passagem, sem esperar mais. E claro que chegou, porque deixaram para o último momento, mas conseguiram-no graças a um passe interior que Lucía García escolheu nos descontos para fazer o 3-2 e garantir a qualificação para o Campeonato da Europa na Suíça.