Francisco Neto promete idêntico compromisso para abordar favoritismo inédito
“Assumimos o favoritismo num lado teórico, uma vez que, no ranking, somos a equipa mais cotada, mas também com a referência de que o ranking nada conta quando nós entramos dentro de campo. Assim foi quando alcançámos as fases finais. Preparámos estes jogos exatamente da mesma forma de como preparámos para o Campeonato do Mundo. O nível de informação e a forma de olhar para o jogo é da mesma maneira, o que difere é o tipo de problemas que vamos encontrar”, apontou o selecionador luso.
Em conferência de imprensa de antevisão ao duelo com a congénere bósnia, Francisco Neto considerou que Portugal poderá obter uma maior preponderância no domínio da posse de bola, o que, por outro lado, implicará maior atenção no equilíbrio da equipa.
“A Bósnia-Herzegovina está em crescendo. É uma equipa competitiva, tinha um padrão de organização que tínhamos bem identificado quando foi o sorteio, mas que mudou agora com a entrada de um novo treinador. Deixa-nos um bocadinho mais às escuras e fizemos outro tipo de cuidados para antecipar alguns cenários, mas temos de nos focar em ser Portugal e ter as nossas características dentro de campo”, sublinhou o técnico.
Para poder chegar a nova fase final de um Europeu, Portugal tem de ficar entre os três primeiros colocados do agrupamento e, depois, ultrapassar duas rondas de ‘play-off’.
“Obrigação é sempre uma palavra pesada. Elas têm de sentir que são competentes para lá chegar e que temos essa exigência de que queremos lá chegar, mas temos um caminho muito comprido. O passado diz-nos que, seja qual for o adversário, Portugal tem capacidade de lutar até ao fim. Etapa a etapa, o objetivo agora é como vamos lá chegar. Se pensarmos já no Campeonato da Europa, a coisa fica mais difícil e não será essa a mensagem que queremos passar”, alertou Francisco Neto, no cargo há 10 anos.
Dolores Silva: "A responsabilidade aumenta, somos favoritas"
Também presente na conferência de imprensa, a capitã Dolores Silva também afirmou que o grupo não afasta o favoritismo teórico, embora seja necessário manter sempre os pés assentes no chão, de forma a superar a competitividade das restantes seleções.
“O compromisso não vai ser menor do que foi até agora. A responsabilidade aumenta, somos favoritas, mas isso não nos vai fazer ficar iludidas de que já temos tudo ganho. Esta equipa é sempre ciente do que tem como pontos fortes e fracos e, a cada estágio, trabalha ao máximo e potencia o que Portugal tem de bom. Nós temos de estar muito concentradas no nosso trabalho e nos objetivos da equipa, tendo sempre os pés bem assentes na terra”, frisou a centrocampista de 32 anos, que atua no SC Braga.
Portugal recebe a Bósnia-Herzegovina na sexta-feira, no estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, no jogo de estreia no Grupo B3 de qualificação para o Europeu 2025, com início às 20:45. Na terça-feira, deslocam-se a Malta em partida da segunda ronda.