"Quero que o Flamengo se dane", dispara Hélio dos Anjos sobre o jogo do Carioca em Belém
"Eu quero que o Flamengo se dane, rapaz. Quero que o Flamengo se dane. Não sou flamenguista, não trabalho no Flamengo. Já joguei no Flamengo, e fiz a mesma coisa em Goiás. A torcida do Flamengo entrava no campo depois do jogo, os torcedores de Brasília iam tudo para lá", disparou Hélio dos Anjos.
O técnico fez esta declaração após a vitória por 1-0 do Paysandu sobre o Caeté, na última quarta-feira, na 2.ª jornada do Campeonato Paraense. O jogo ocorreu no estádio Diogão, em Bragança-PA, pois a Secretaria de Desporto e Lazer (Seel) negou o uso do Mangueirão. O órgão atribuiu a recusa à preservação do relvado para a partida do Flamengo — daí a revolta de Hélio dos Anjos.
"No dia que eu falei que o futebol goiano tinha que prevalecer, a identidade com os clubes, quase me mataram. O presidente do Flamengo na época (2009) fez uma crítica contundente, que eu era frustrado. É igual aqui. Eu quero o melhor para o futebol paraense. Hoje faço parte da vida do Pará, então a gente procura o melhor", concluiu o treinador.
O Paysandu saiu prejudicado pelas más condições do relvado do Diogão. Hélio dos Anjos revelou que deixou de apostar num jogador para evitar o pior.
"Tive um jogador que não veio para o jogo porque não acreditei que ele ia dar-se bem. É o caso do Edinho, que teve uma pequena escoriação de tornozelo. Como vou trazer um jogador que está com uma escoriação de tornozelo para um campo em que você não tem estabilidade nenhuma?", questionou.
Com Hélio dos Anjos no comando, o Paysandu conquistou em 2023 o acesso à Série B do Brasileirão. O técnico contou todos os detalhes sobre a campanha em entrevista ao Flashscore. O técnico também fez críticas aos técnicos "modernos" do país.