San Mamés e Metropolitano: Sparta Praga inspira-se em Espanha para o seu novo estádio
Data de abertura, capacidade e aparência. Provavelmente as coisas mais importantes, que mais interessam aos adeptos, sobre o novo estádio do Sparta. Ainda não há uma resposta clara para nenhuma delas.
O que é claro, para já, é que o clube de Letná não se mudará para Strahov antes de 2032. Pelo menos é o que o já mencionado Křivda deu a entender numa entrevista ao site FootballClub. Na entrevista, também descreve o que toda a nova casa deve encontrar. Além disso, afirmou que a aparência também será importante no planeamento. Nem que seja pela sua localização, já que se tornará num dos marcos da cidade.
"Quando se dividem 4,5 mil milhões (cerca de 178 milhões de euros) por 35 mil, obtém-se o preço por lugar", deu a entender, sobre a possível capacidade.
"Se tomarmos como referência os estádios que cresceram em diferentes partes da Europa nos últimos tempos, como o Steaua Bucareste, o Friburgo ou o Rapid Viena, isso dá-nos um preço mais elevado nos nossos cálculos. Queremos um estádio representativo e esperamos que seja um pouco mais caro do que se optássemos pela solução mais económica", acrescentou.
Os adeptos podem esperar por um estádio arrojado, que deverá estar entre os mais modernos que a capital checa tem para oferecer nos próximos anos. E onde é que o Sparta, ou o seu diretor, procuram inspiração? Não é na Polónia ou na Hungria, onde surgiram muitos estádios novos nos últimos anos.
"Gosto muito do estádio San Mamés, em Bilbau", revelou Křivda.
"Conseguiram construir sobre o antigo, que podiam ter demolido, mas quando os adeptos vêm ao novo estádio, não têm a sensação de estar noutro sítio, de que cresceu ali algo que parece fora do lugar. Também gosto muito da inclinação das bancadas e do tipo de caldeirão que podem criar, por isso o aspeto acústico do estádio. Por último, mas não menos importante, a combinação da tecnologia moderna com o design tradicional espanhol", explicou.
Quando lhe perguntaram se conseguia imaginar uma bancada semelhante em Praga, respondeu afirmativamente. "Não se trata apenas de um estádio desportivo 'sem graça', embora moderno, como podemos ver em Bucareste, por exemplo, mas de algo arquitetonicamente interessante."
No entanto, Křivda não se ficou pelo San Mamés. Apresentou o estádio Wanda Metropolitano, onde joga o Atlético de Madrid, como outro edifício que o inspira.
"Acho-o muito interessante devido à estrutura interna e também à forma como o pensaram quando o estavam a construir, apenas para a máxima variabilidade do funcionamento. Embora tenhamos de perceber que se trata de uma capacidade completamente diferente e de um estádio muito maior do que aquele que estamos a planear, mas os princípios e as ideias que aplicaram na construção são transferíveis", explicou o CEO do clube.