México tem contas a acertar com os Estados Unidos nas meias-finais da Liga das Nações
Sob o comando do novo técnico argentino Diego Cocca, os mexicanos tentam interromper a queda recente que culminou com a eliminação na primeira fase da Mundial-2022 no Catar. A nova El Tri não impressionou nos últimos particulares, mas o primeiro grande teste vão ser os dois torneios continentais que enfrentarão no próximo mês, a Final Four da Liga das Nações e a Gold Cup (24 de junho a 16 de julho).
Há dois anos, o México perdeu as finais das duas competições para os Estados Unidos da América, dando início a uma dolorosa sequência de cinco jogos sem vitória contra os vizinhos e arquirrivais. "É claro que temos uma dívida com nós mesmos, com os adeptos, porque não conseguimos vencê-los nos últimos anos", reconheceu o meia Luis Romo, do Monterrey.
A última vitória do México sobre os Estados Unidos data de setembro de 2019. Desde então, a equipa norte-americana venceu três encontros e empatou outros dois, numa série invicta que começou com a épica vitória por 3-2 na primeira final da Liga das Nações, em 2021.
A estrela dos Estados Unidos da América, Christian Pulisic, marcou o golo decisivo no prolongamento e o guarda-redes Ethan Horvath defendeu uma grande penalidade cobrada por Andrés Guardado.
A final deste ano será disputada no Estádio Allegiant, em Las Vegas, Nevada, que também sediará a outra meia-final entre Panamá e Canadá na quinta-feira e a grande final no domingo.
Depois dos recentes particulares contra Guatemala (vitória por 2-0) e Camarões (1-1), Diego Cocca poderá contar na quinta-feira com estrelas mexicanas que jogam na Europa, como o guarda-redes Guillermo Ochoa, o médio Edson Alvarez e o bem cotado atacante Santiago Gimenez.
A estreia de Balogun
Os Estados Unidos, por sua vez, chegam ao torneio em meio a uma troca de treinadores desde a saída de Gregg Berhalter após a eliminação nos oitavos de final do Catar 2022. O técnico interino B.J. Callaghan assumirá o comando da seleção em Las Vegas apenas duas semanas depois de substituir Anthony Hudson, cuja permanência também foi temporária enquanto um treinador permanente é recrutado para liderar a equipa no Mundial-2026, que será co-organizado com México e Canadá.
A grande novidade do plantel é Folarin Balogun, considerado o avançado do futuro dos EUA. O avançado do Arsenal, que recentemente trocou a nacionalidade desportiva para representar os Estados Unidos em vez da Inglaterra, explodiu na sua época de empréstimo ao Reims, marcando 21 golos na liga francesa.
Balogun, de 21 anos, poderá ter os seus primeiros minutos de jogo na quinta-feira ao lado de Pulisic, que tentará novamente vingar-se na sua selecção nacional depois de mais uma, e talvez última, campanha frustrante no Chelsea.