Bebeto lamenta o novo momento da seleção brasileira: "Estão a perder o respeito pelo Brasil"

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Bebeto lamenta o novo momento da seleção brasileira: "Estão a perder o respeito pelo Brasil"

Bebeto sente falta de um ponta de lança na seleção brasileira
Bebeto sente falta de um ponta de lança na seleção brasileiraAFP
O ex-avançado Bebeto, campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, foi entrevistado no "A Hora das Copas", programa em parceria do Flashscore com o Estadão, durante o período da Copa América e do Euro-2024.

Na conversa com Eduardo Geraque, narrador do Flashscore, e Gustavo Faldon, editor de desporto do Estadão, Bebeto falou sobre a atualidade da seleção brasileira e relembrou momentos emblemáticos da sua carreira, como a conquista do Mundial de 1994 e as suas passagens por Vasco, Flamengo, Vitória e Coruña.

Bebeto não esqueceu o saudosismo e admitiu que ainda é um homem apegado a certos tradicionalismos no mundo do futebol.

"O futebol de hoje é muito tático, cheio de números. O tipo corre 15 quilómetros e não marca um golo. Não vale a pena. O atletismo é outro desporto", afirmou.

Brasil sem moral

Bebeto vê a atual seleção brasileira num estágio bem diferente de quando era jogador.

"Estão a perder o respeito pela nossa seleção, temos de mudar isso. São os jogadores que têm o poder de mudar isso. O que fizemos é passado, ninguém o pode apagar. Só quando voltámos do Mundial de 1994 é que nos apercebemos das críticas que recebíamos. Eram os nossos tempos", explicou.

Bebeto foi convidado recentemente por uma empresa de cartões de crédito para assistir à Copa América e ficou incrédulo com o que viu no jogo entre Brasil e Colômbia.

"Havia muito mais colombianos do que brasileiros no estádio. Não me lembro de isso ter acontecido. A exceção foi o jogo contra os Estados Unidos no Mundial de 1994, quando jogámos na casa deles. Em Mundiais, os adeptos brasileiros sempre dominaram", lembrou.

Ausência de Vini preocupa

Bebeto admitiu que está preocupado com o que pode acontecer com a seleção brasileira na Copa América. Na madrugada de domingo, o Brasil enfrenta o Uruguai nos quartos de final, sem o suspenso Vini Jr.

"O ideal seria enfrentar seleções como Argentina e Uruguai mais perto da final. O Brasil perde muito sem o Vini, estou preocupado", assumiu.

"O Uruguai é forte e vem com tudo, tem grandes jogadores como Arrascaeta e Valderde. O Brasil deveria ter marcado o 2-0 na Colômbia quando Vini não marcou um penálti. Foi uma piada o VAR não ter pedido revisão", criticou Bebeto.

O empate dá ao Brasil outro destino nos quartos de final. Uma vitória colocaria o Panamá no seu caminho. No dia seguinte ao jogo, a CONMEBOL admitiu a falha do árbitro venezuelano Jesus Valenzuela e da equipa do VAR.

Bebeto destacou que, além de um número 9, a seleção brasileira carece de um médio mais criativo para abastecer as peças de ataque.

"Aquele jogador que coloca uma bola fácil para um finalizador é maravilhoso. Faltam jogadores com esse estilo, como Alex, Ronaldinho Gaúcho ou Alex", explicou.