Copa América: Argentina - Colômbia conta com duelos particulares na luta pelo título
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A Albiceleste, campeã mundial e continental, e os Cafeteros encontram-se num duelo pela primeira vez na história das finais da Copa América, com uma série de estrelas milionárias, lideradas por ambos os camisolas 10, e outros que são altamente cotados no mais alto nível da Europa.
A partida também será uma ocasião para o encontro de dois técnicos argentinos: o multicampeão e técnico de La Scaloneta, Lionel Scaloni, e Néstor Lorenzo, um revolucionário no comando dos Cafeteros, dois amantes do futebol ofensivo, mas com armas diferentes para expressá-lo.
Messi e James, mestres da bola
Vencedor de oito Bolas de Ouro e melhor jogador do Mundial-2022, Messi quer conquistar a Copa América pela segunda vez, depois de vencê-la no Brasil em 2021.
O craque argentino recuperou de uma lesão no adutor direito e, contra o Canadá, nas meias-finais, mostrou lampejos do seu inesgotável talento, assim como fez na estreia contra o mesmo adversário. Ambos os jogos terminaram com vitória por 2-0.
Nesta que é a sua sétima e última Copa América, Messi, com um golo e uma assistência, está a tentar fazer da Argentina a equipa mais bem-sucedida do torneio, um registo que compartilha com o Uruguai, com 15 títulos.
James, 33 anos, está a viver uma nova juventude na seleção, ao ver o seu futebol a fluir com um golo e seis assistências no torneio, guiando a Colômbia à sua terceira final da Copa América na história, depois da derrota com o Peru em 1975 e da vitória sobre o México em 2001.
O camisola 10 encontrou os minutos de futebol que lhe foram negados no São Paulo nesta temporada, sob a tutela de Néstor Lorenzo, provando no torneio continental que ainda tem o comando da equipa com o seu prodigioso pé esquerdo.
Messi e James já se enfrentaram duas vezes na Copa América. No Chile 2015, defrontaram-se nos quartos de final, com a Albiceleste a vencer nos penáltis. Ambos os 10 converteram os respetivos pontapés de grande penalidade. A segunda vez foi na fase de grupos do Brasil 2019, com os Cafeteros a vencerem por 2-0 e James a fazer uma assistência.
Álvarez vs defesa menos batida
O avançado argentino Julián Álvarez, do Manchester City, marcou dois golos na Copa América e contra o mesmo adversário, o Canadá, uma vez na fase de grupos e outra nas meias-finais.
O ex-jogador do River Plate alternou a posição com Lautaro Martinez, que marcou quatro golos, e contra a Colômbia será novamente o camisola 9 de Scaloni.
La Araña sabe como explorar o espaço e aproveita ao máximo a sua boa finalização dentro e fora da área. É um avançado versátil e adapta-se facilmente às funções que lhe são atribuídas no ataque.
O seu teste de fogo será contra uma das defesas menos batidas do torneio, com apenas dois golos sofridos em cinco jogos - do Paraguai e do Brasil na fase de grupos.
Dávinson Sánchez (Galatasaray) e Carlos Cuesta (Genk), a dupla de centrais da Colômbia, vão testar a sua eficácia contra um dos avançados mais surpreendentes desde o Mundial-2022.
A Colômbia, no entanto, não contará com o lateral-direito Daniel Muñoz, que foi expulso e costuma ser a saída de bola da Colômbia naquele setor. O lugar do lateral do Crystal Palace será ocupado pelo experiente Santiago Arias, do Bahia.
Luis Díaz e os "ingleses"
Luis Díaz sabe o que significa enfrentar a defesa da Albiceleste. A Premier League foi o palco onde o colombiano do Liverpool enfrentou Cristian Romero (Tottenham), Lisandro Martinez (Manchester United), Gonzalo Montiel (Nottingham Forest) e Emiliano "Dibu" Martinez (Aston Villa).
Foram duelos intensos na última temporada, com Lucho a vencer e a marcar golos em algumas ocasiões e, em outras, a balança a pender a favor dos clubes representados pelos argentinos.
Mas o confronto mais aguardado será contra Alexis Mac Allister, o seu companheiro de equipa em Anfield. O ex-FC Porto é um craque. Tem uma habilidade incrível. "Hoje, sem dúvida, é um dos melhores sul-americanos do mundo", disse o argentino no final da temporada.