Copa América: Argentina sagra-se bicampeã ao vencer a Colômbia e conquista triplete
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Depois de muito caos no acesso ao estádio, que levou a detenções, sustos e um atraso superior a uma hora, a bola lá rolou em Miami, cerca das 02:20 (horário de Lisboa), para uma final com todos os ingredientes para ser memorável. E, à boa moda sul-americana, houve drama.
Leo Messi, na 44.ª final da carreira, saiu lavado em lágrimas. A jogar em casa no estádio do Inter de Miami, o camisola 10 saiu lavado em lágrimas na segunda parte devido a uma lesão no tornozelo direito.
Os cafeteros ainda aumentaram o recorde de invencibilidade para 29 jogos (devido ao empate no tempo regulamentar), mas apesar da superioridade exibida ao longo de todo o encontro, caiu aos 112 minutos com um golo de Lautaro Martínez, que surgiu isolado na cara de Camilo Vargas após um grande passe de Lo Celso.
Di Maria deixou o campo pouco depois, sob um coro de aplausos, numa despedida triunfal da seleção, rendido pelo companheiro de equipa no Benfica Nicolas Otamendi.
A Argentina superou uma equipa colombiana em ascensão após uma vitória apertada sobre o Uruguai num jogo que teve de tudo, incluindo uma batalha nas bancadas entre jogadores uruguaios e adeptos colombianos.
O caminho até a final
A Argentina aterrou em Miami depois de derrotar o Canadá nas meias-finais, sem grandes dificuldades perante a turma de Stephen Eustáquio. Antes, nos quartos de final, por outro lado, o conjunto orientado por Lionel Scaloni teve que suar para vencer o Equador nas grandes penalidades.
A partida contra os equatorianos foi a mais intensa do torneio para os campeões do mundo, que tiveram dificuldades para contrariar o sistema defensivo e jogo direto que deixava a defesa desconfortável.
Dibu Martinez foi fundamental para assegurar o apuramento. O guarda-redes do Aston Villa foi, mais uma vez, o herói do desempate por grandes penalidades e permitiu que a Argentina se mantivesse viva e mantivesse vivo o sonho de um segundo título da Copa América.
Messi continua a fazer história, Lautaro brilhou
Messi, que teve uma Copa América irregular em termos de estatísticas (não marcou tantos golos como noutros torneios), voltou a consolidar-se como a referência de uma Argentina que encontrou variantes face ao desgaste do ídolo.
Lautaro Martínez, por exemplo, fez uma Copa América de sonho. O avançado do Inter de Milão, recém-campeão da Serie A italiana, foi uma das armas ofensivas de Scaloni ao lado de Julián Álvarez, avançado do Manchester City e bicampeão da Premier League, e acabou por ser decisivo na final, entrando aos 96 minutos para anotar o golo do triunfo, aos 112.
Foi o quinto tento de El Toro nesta edição - apesar de não ser titular indiscutível -, que lhe valeu o troféu de melhor marcador do torneio.
Colômbia sai de cabeça erguida
A derrota da Colômbia não ofuscou o bom desempenho da seleção comandada por Néstor Lorenzo na competição. Os cafeteros fizeram jogos excelentes, James Rodríguez esteve sob o microscópio devido à falta de condição física no São Paulo, onde tem jogado pouco, mas vingou-se e encontrou refúgio na competição, na qual bateu o recorde de assistências.
A Colômbia, da mesma forma, superou rivais históricos como Uruguai e Paraguai ao longo do torneio. A equipa de Néstor Lorenzo também dominou o Brasil na fase de grupos, venceu o Panamá e derrotou a Costa Rica.