Copa América: Brasil e Colômbia num reencontro de merengues
Na temporada 2019/20, no banco do Real Madrid havia dois jogadores que poderiam ser utilizados por Zinedine Zidane para dar um novo impulso à frente de ataque dos Merengues. Por um lado, James Rodríguez que, nessa altura, estava a perder protagonismo no plantel do Real Madrid. O treinador francês optou pelo seu tridente clássico (formado por Casemiro, Modric e Kroos). Isco era o quarto membro do meio-campo. Dani Ceballos foi ganhando minutos e o colombiano, neste contexto, ficou como quinto médio numa estrutura montada com apenas três. Do outro lado estava o jovem Rodrygo. O brasileiro, recém-chegado do Santos, mostrou qualidades e em alguns jogos alternou com Eden Hazard, Marco Asensio ou Vinicius Jr na equipa titular.
James Rodríguez e Rodrygo voltarão a encontrar-se, agora na Copa América. O colombiano, agora jogador do São Paulo, destaca-se com a camisola tricolor. Ele tem 27 golos e 28 assistências em 102 jogos. Na recente da prova, deu três assistências. Sua influência no estilo de Néstor Lorenzo é importante. A sua figura de líder tem vindo a crescer e ele quer dar um golpe de vista na competição.
No entanto, a nível de clube, a sua sorte é diferente. Rodriguez tem problemas de consistência. No Catar, na Grécia e no Brasil, enfrentou treinadores que lhe exigiram mais do que ele podia dar. Atualmente, por exemplo, ele não está nos planos do técnico do São Paulo, Zubeldía. Mesmo assim, quando veste a camisa da seleção colombiana, ele dá show e se torna protagonista.
Rodrygo está numa situação diferente
O atacante usa o número mais importante do futebol brasileiro. O "10", usado por craques como Neymar, Ronaldinho e Zico, é um emblema da Canarinha. Rodrygo tem seis golos e uma assistência em 25 jogos pelo Brasil. Movimenta-se como um falso avançado. Embora o seu desempenho não seja negativo, não é o mesmo que no Real Madrid.
Rodrygo foi fundamental nos dois últimos títulos da Liga dos Campeões conquistados pelo Real Madrid. Em 2022/23 marcou os dois golos que permitiram aos merengues vencer o Manchester City e chegar à final. Na última edição, voltou a marcar dois golos contra os ingleses nos quartos de final. Fez também uma boa exibição contra o Bayern nas meias-finais.
Vinicius quer manter o ritmo
O ataque do Brasil é comandado por madridistas. Vinicius Jr., candidato e favorito à Bola de Ouro, tornou-se num dos pontos fulcrais da Seleção na ausência de Neymar. No último jogo, marcou dois golos contra o Paraguai e ajudou a sua equipa a recuperar a Copa América.
Agora, com a velocidade e os dribles de sempre, ele tentará quebrar a defesa colombiana, uma equipe que, assim como o Brasil, é excelente no ataque e costuma deixar espaços na linha de fundo.