No sábado, a Seleção conquistou a primeira vitória em solo americano graças a um golo salvador da nova joia. O pequeno e poderoso Endrick cabeceou para o fundo das redes o cruzamento de Vinicius Jr., quando o Brasil derrotou o México por 2-3 nos descontos, numa amostra da parceria que os dois vão formar no Real Madrid.
Endrick, de 17 anos, vai juntar-se aos campeões europeus na próxima temporada, mas primeiro enfrenta a grande vitrine da Copa América, onde espera brilhar como titular numa equipa que não conta com vários jogadores importantes, como Neymar.
O Brasil, derrotado em casa pela Argentina na final de 2021, mostrou contra o México que a melhor arma para reconquistar o troféu continental é o ataque. Além do tridente ofensivo madrilenho, completado por Rodrygo, o Brasil conta ainda com o extremo Raphinha (Barcelona) e talentos emergentes como Sávio (Girona) e Gabriel Martinelli (Arsenal).
O seleccionador Dorival Júnior rodou a equipa contra o México, com dois estreantes (Evanilson e Ederson) e quatro jogadores que foram titulares pela primeira vez.
No final da preparação, o Brasil poderá testar os onze que se vão estrear no Grupo D da Copa América, em 24 de junho, contra a Costa Rica, e talvez premiar Endrick com a primeira titularidade.
O avançado do Palmeiras, que usa a icónica camisola 9 nas costas, marcou três golos em cinco jogos pela Canarinha como suplente, incluindo na vitória por 1-0 sobre a Inglaterra e outro no empate 3-3 com a Espanha em jogos de preparação este ano.
Três golos em apenas 119 minutos deram esperança a uma seleção brasileira que tenta virar a página de um ano de 2023 para esquecer.
O duelo contra os Estados Unidos "é importante para a nossa preparação. Vamos corrigir os erros que cometemos e manter o que fizemos bem", disse na segunda-feira o guarda-redes Bento, que também poderá ter minutos contra a equipa norte-americana.
EUA em "alerta"
Depois do México, o Brasil vai encontrar outro adversário em crise, os Estados Unidos, em Orlando. Os anfitriões da Copa América, o primeiro dos grandes torneios que vão receber até ao Mundial de 2026, foram goleados por 1-5 pela Colômbia no sábado, apesar de terem entrado em campo com uma equipa quase completa.
Todos os titulares norte-americanos, incluindo a estrela Christian Pulisic (AC Milan), jogam em equipas das cinco principais ligas da Europa. Mesmo assim, mostraram tantas fraquezas e lapsos defensivos que o próprio seleccionador Gregg Berhalter apontou como "falta de respeito pelos adversários e pelo jogo de futebol".
Berhalter, cujo regresso ao comando técnico depois do Campeonato do Mundo de 2022 no Catar não foi aceite por unanimidade, disse que a derrota embaraçosa deveria ser uma "chamada de atenção" para o pouco tempo disponível antes da estreia no Grupo C contra a Bolívia, a 23 de junho.
Os resultados recentes não são um bom presságio para a seleção dos EUA, que vem de uma série de 11 derrotas consecutivas contra o Brasil. A única vitória norte-americana em 19 confrontos aconteceu perante os seus adeptos, em Los Angeles, nas meias-finais da Gold Cup de 1998.
Os organizadores esperam mais de 53 mil espetadores para o jogo de preparação, que começa à meia-noite de sexta-feira.
Possíveis titulares
EUA: Matt Turner - Joe Scally, Chris Richards, Cameron Carter-Vickers, Antonee Robinson - Weston McKennie, Yunus Musah, Johnny Cardoso - Christian Pulisic, Tim Weah e Haji Wright.
Brasil: Bento - Danilo, Lucas Beraldo, Marquinhos, Wendell - Bruno Guimarães, João Gomes, Lucas Paquetá - Raphinha (ou Endrick), Vinícius Jr e Rodrygo.