Recorde as incidências da partida
Numa prova que, nesta fase, não contempla prolongamento, os equatorianos forçaram a lotaria com um golo do suplente Kevin Rodríguez, já aos 90+1 minutos, numa fase em que os argentinos tentavam gerir o magro golo de Lisandro Martínez, aos 35'.
O conjunto comandado pelo espanhol Féliz Sánchez já tinha ameaçado antes, num penálti que Enner Valencia desperdiçou, atirando ao poste, aos 62 minutos, sendo que, já depois do 1-1, Jordy Caicedo teve enorme ocasião para qualificar o Equador.
Mas, o 1-1 persistiu, e, no desempate, Dibu apareceu, como já tinha feito na última Copa América (nas meias, com a Colômbia) e no Mundial-2022 (nos quartos, com os Países Baixos, e na final, com a França), desta vez também em socorro de Messi, que abriu a série com um panenka à barra.
O guarda-redes do Aston Villa parou os remates de Mena e Minda, enquanto, entre os argentinos, mais nenhum falhou: faturaram Julián Álvarez, MacAllister, Montiel, entrado aos 90+5 minutos, e o capitão benfiquista Otamendi, que selou o 4-2 final.
A Argentina apresentou apenas uma alteração em relação ao segundo jogo (1-0 ao Chile), o que valeu o apuramento, com Lautaro a substituir Álvarez, mantendo-se Messi no onze e Otamendi (entrou aos 78') e Di María no banco, enquanto, no Equador, e face ao 0-0 com o México, Gruezo substituiu Kevin Rodríguez.
Num mau relvado, os equatorianos entraram melhor e criaram várias ocasiões para marcar, mas Moisés Caicedo, isolado, perdeu tempo, aos seis minutos, Dibu fez uma enorme defesa perante o isolado Sarmiento, aos 15, com Paéz na jogada a atirar para as nuvens, e Preciado, aos 16', também atirou por cima.
A Argentina demorou 20 minutos a entrar no jogo e o primeiro a dar um sinal de vida foi Messi, com um grande passe para Nico González, que não teve a melhor sequência, aos 22', seguindo-se um cabeceamento ao lado de Enzo, aos 27', após centro de Molina.
Aos 34 minutos, Messi isolou Enzo, que perdeu tempo, mas ainda rematou e ganhou um canto, do qual nasceu o golo dos campeões mundiais, com o capitão a marcar na direita, MacAllister a desviar de cabeça ao primeiro poste e Lisandro Martínez a faturar, aos 35', também de cabeça, à vontade, ao segundo.
Na parte final da primeira parte, Enzo perdeu uma grande ocasião para o 2-0, aos 41 minutos, depois de mais uma recuperação alta dos albi-celestes, enquanto o equatoriano Enner Valencia, já amarelado, arriscou a segunda expulsão na prova.
Após o intervalo, e apesar de um remate de Lautaro, aos 55 minutos, a Argentina reentrou expectante e, aos 60', num canto, o árbitro marcou penálti, por mão de De Paul, que a tinha junto ao corpo, só que, aos 62', Enner Valencia atirou ao poste direito.
A Argentina sentiu o perigo e foi em busca do segundo golo, mas só criou relativo perigo num remate de Messi, de pé direito, que saiu à figura de Alexander Domínguez, aos 67 minutos.
Na parte final, o espanhol Félix Sánchez apostou tudo no ataque e dois dos jogadores que entraram construíram o golo do empate, já aos 90+1 minutos: Yeboah centrou da direta e Kevin Rodríguez desviou de cabeça fora do alcance de Emiliano Martínez.
Depois do VAR certificar o golo, o Equador ainda acreditou que era possível ganhar antes dos penáltis e teve uma grande oportunidade, com Yeboah a centrar da esquerda e Jordy Caicedo a surgir solto à entrada da pequena área e a cabecear ao lado.
Os equatorianos, que procuravam igualar a presença nas meias-finais de 1993, não conseguiram o segundo golo e, nos penáltis, esbarraram no insuperável Emiliano Martínez.