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Copa América: Momento decisivo para o quarteto sobrevivente nas meias-finais

AFP
Messi em ação para a Aregntina
Messi em ação para a AregntinaAFP
A Copa América está a chegar ao fim, com duas meias-finais fascinantes e a favorita Argentina à espera de conquistar o terceiro título consecutivo.

Os argentinos, campeões mundiais e atuais detentores do título, dão o pontapé de saídas nas semifinais ao enfrentar o surpreendente Canadá na terça-feira, em Nova Jersey.

Na quarta-feira, em Charlotte, o Uruguai - que no sábado eliminou o Brasil no desempate por grandes penalidades - vai enfrentar a Colômbia, que, invicta há 27 jogos, goleou o Panamá por 5-0 nos quartos de final.

Argentina e Uruguai, atualmente empatados com 15 títulos da Copa América, esperam quebrar esse impasse e isolar-se como país mais bem-sucedido da história do torneio. A Colômbia tem apenas um título, em 2001, enquanto o Canadá disputa o torneio pela primeira vez.

A Argentina precisou de uma atuação heróica do guarda-redes Emiliano Martínez nos penáltis para superar o Equador nos quartos de final e, embora a turma de Lionel Scaloni ainda não tenha atingido o melhor nível, começa como clara favorita contra o Canadá.

O treinador norte-americano Jesse Marsch causou impacto imediato no Canadá, assumindo o cargo em meados de maio e rapidamente implementando o seu estilo de alta energia e pressão com grande efeito.

A forma recente do Canadá
A forma recente do CanadáFlashscore

Marsch, que esteve perto de assumir o cargo de seleccionador dos Estados Unidos antes da decisão de recontratar Gregg Berhalter no ano passado, foi o último a rir, já que a sua equipa fez uma campanha memorável até às meias-finais, enquanto os anfitriões norte-americanos não conseguiram passar do grupo.

O Canadá superou uma seleção venezuelana que tinha vencido os três jogos da fase de grupos, ao ganhar nas grandes penalidades no final de uma partida emocionante na sexta-feira.

No entanto, sabem que Lionel Messi e a Argentina representam um desafio muito diferente. As equipas defrontaram-se no jogo de abertura da fase de grupos do torneio, com a Argentina a vencer por 2-0, mas não falta confiança à equipa de Marsch.

"Vai ser preciso dar tudo", disse o lateral Alphonso Davies, do Bayern de Munique.

"Quando entramos neste jogo, sabemos o que está em jogo. Ganhamos e seguimos em frente, perdemos e vamos para casa. Eles vão entrar em campo com tudo. Estamos com mais fome do que nunca, esperamos uma batalha, tal como eles", apontou.

Três dos quatro jogos dos quartos de final foram ao desempate por grandes penalidades, embora Marsch insista que vai voltar a jogar no estilo ofensivo habitual.

"O jogo contra a Argentina terá de ser o melhor que já fizemos... Não vamos ficar sentados e tentar apenas defender. Vamos ser agressivos. Vamos tentar jogar como queremos e ver se conseguimos manter o ritmo", prometeu.

A Argentina mantém a formação que venceu o Campeonato do Mundo de 2022, no Catar, mas Messi, com uma lesão no tendão, ainda não conseguiu atingir o nível que demonstrou nesse torneio No entanto, o meio-campo está repleto de opções de qualidade e o avançado Lautaro Martínez marcou quatro golos, enquanto a defesa, comandada por Lisandro Martínez, tem estado sólida.

A Colômbia continua a impressionar sob o comando de Néstor Lorenzo, com o "segundo fôlego" do médio James Rodríguez no final da carreira, a dar um impulso criativo.

Rodríguez nunca esteve à altura das expectativas no clube, mas recuperou a forma eléctrica que mostrou no Campeonato do Mundo do Brasil há 10 anos.

"Estou a divertir-me. Os rapazes também estão a fazer uma Copa muito boa. Sem a ajuda deles, eu não conseguiria jogar bem. Tudo está a encaixar-se", disse, depois de fazer duas assistências e marcar um penálti na goleada sobre o Panamá.

Um jogo duro

O Uruguai está animado depois de eliminar o Brasil num duro duelo em Las Vegas, mas não pode contar com Nahitan Nández, suspenso, nem com o central Ronald Araújo e o lateral Matias Viña, lesionados.

O veterano treinador argentino Marcelo Bielsa trouxe para o Uruguai o seu estilo de jogo direto e duro, o que promete uma partida de alto ritmo, já que a Colômbia é perigosa nos contra-ataques graças à velocidade do extremo Luis Diaz.

"O jogo contra a Colômbia será tão exigente (como contra o Brasil), porque é uma equipa que tem evoluído muito jogo a jogo. Assim como o Brasil, eles têm aavançados importantes em todas as posições, mas estamos confiantes de que podemos jogar em pé de igualdade com qualquer adversário", disse Bielsa.

A final da Copa América será disputada em Miami no dia 14 de julho.