Copa América: Organização "não foi profissional", critica Jesse Marsch
Na primeira Copa América, o Canadá terminou em segundo lugar no Grupo A e derrotou a Venezuela nos quartos de final, antes de perder por 2-0 com a Argentina na meia-final. As duas derrotas do Canadá no torneio foram contra a Albiceleste.
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O bom desempenho do Canadá, uma nação que adora hóquei no gelo, demonstrasse um interesse crescente na equipe de futebol, onde atua o médio do FC Porto, Stephen Eustáquio.
"Queremos inspirar a nação", disse o seleccionador do Canadá, Jesse Marsch. "Queremos desenvolver o desporto no país. Queremos que as pessoas se lembrem disso como um momento que mudou a trajetória do futebol no Canadá", vincou.
A tentativa do Uruguai de conquistar um 16.º título da Copa América, que seria um recorde, terminou com a derrota por 1-0 com a Colômbia na meia-final de quarta-feira, também realizada em Charlotte.
O Uruguai venceu os três jogos do Grupo C, com 9 golos marcados e apenas um sofrido, antes de eliminar o Brasil nas grandes penalidades dos quartos de final. Mas esse domínio acabou contra a Colômbia, apesar de ter jogado toda a segunda parte com um homem a mais.
"Não aproveitamos os momentos em que poderíamos ter empatado. No segundo tempo, deveríamos ter criado mais perigo", disse o seleccionador do Uruguai, Marcelo Bielsa.
Após a partida, alguns jogadores do Uruguai foram para a bancada e lutaram com adeptos colombianos.
Denúncia e falta de segurança geram revolta
A federação sul-americana de futebol e a CONMEBOL, organizadora da Copa América, abriram uma investigação. Quando foi sugerido a Bielsa que poderia haver sanções para o Uruguai, o treinador de 68 anos iritou-se e disparou.
Marsch também criticou a forma como o torneio foi conduzido, citando o mau tratamento dado à sua equipa e criticando a arbitragem. Os árbitros não assinalaram falta quando o capitão do Canadá, Alphonso Davies, foi derrubado na meia-final pelo argentino Gonzalo Montiel e sofreu uma lesão no tornozelo direito e não sabe se estará recuperado para o jogo deste domingo.
"Para mim, este torneio não foi profissional", disse Marsch.
"Assisti ao que aconteceu depois do jogo (Uruguai-Colômbia), não sei todos os detalhes, mas certamente não gostaríamos que as famílias de ninguém fossem colocadas em perigo. Mas sei que se a equipa do Canadá tivesse reagido dessa forma, haveria sanções pesadas por causa do tratamento que recebemos neste torneio", vincou.
"Durante todo o tempo, os nossos jogadores levaram cabeçadas, insultos raciais foram lançados contra eles ao vivo e nas redes sociais...Fomos tratados como cidadãos de segunda classe", acusou.