Dorival Júnior e o momento do Brasil: "Eu sabia que não ia ser um trabalho fácil"
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Vinícius Junior e os demais craques não conseguiram mais do que um empate sem golos contra a Costa Rica na segunda-feira, o que os deixa a precisar de uma vitória contra o Paraguai em Las Vegas, esta madrugada, para se manterem na luta por uma vaga nos quartos-de-final e pela liderança do Grupo D.
"Tivemos mais de 20 chances, só faltou a finalização (...) Se uma delas tivesse entrado, estaríamos a falar de outra forma", lembrou Dorival Júnior em conferência de imprensa no Estádio Allegiant, em Las Vegas.
"Todas as grandes equipas do futebol mundial estão a lutar para conseguir resultados que antes aconteciam de forma diferente", disse. "Vimos outras grandes equipas a jogar na Copa América ou no Campeonato da Europa contra adversários semelhantes a nós e não jogaram ao nosso nível", acrescentou.
"Queremos sempre um resultado para ontem, quando temos de perceber que hoje o mundo, em geral, cresceu e entendeu o futebol", enfatizou Dorival, que também não viu na Copa América "nenhuma equipa que prevalecesse sobre os adversários com uma grande diferença".
O experiente treinador, que assumiu o banco da seleção brasileira em janeiro, reiterou os seus apelos à paciência no atual processo de renovação dos pentacampeões mundiais.
"Nem fácil, nem normal"
"Eu sabia que não ia ser um trabalho fácil, nem normal. Temos que ter consciência de que esta é a primeira Copa América em que o Brasil não era considerado favorito para a competição devido aos resultados recentes", disse.
O selecionador, no entanto, defendeu o potencial da equipa brasileira para chegar às fases finais da competição.
Sentado ao seu lado, Marquinhos passou uma mensagem de tranquilidade aos jovens companheiros: "Quero tranquilizá-los porque a camisola do Brasil pesa muito. Eles têm que viver isso como se fosse o melhor momento da vida deles. Eu vivi os dois lados e sei que ganhar é maravilhoso e perder dói muito", disse o defesa.