A novela chegou ao fim. James Rodríguez, o melhor jogador da Copa América, juntou-se ao Rayo Vallecano. O vice-campeão da competição com a Colômbia aterra em Vallecas como perfeição e no qual encontrou uma das suas melhores fases durante a sua primeira época, no Real Madrid.
No seu ano de estreia com a camisola merengue, Rodríguez tornou-se indispensável para Carlo Ancelotti, fazendo 46 jogos, marcando 17 golos e 18 assistências. Os seus números motivaram-no, até que uma lesão no quinto metatarso o deixou de fora durante três meses. A sua ausência foi sentida pelo Real Madrid, que terminou a época em branco e obrigou a direção de Florentino Pérez a despedir Ancelotti. Rafa Benítez foi o seu substituto e desde o início que as coisas começaram a mudar para o Cafetero.
Com Benítez, perdeu o protagonismo. O jovem Casemiro destacava-se pela sua força física e eficácia nos cortes, enquanto Rodríguez tinha alguns problemas na recuperação de bola. O famoso tridente de Casemiro, Kroos e Modric no meio-campo foi criado e James passou de titular a suplente. Primeiro era o terceiro médio. Depois, Isco e Kovacic ganharam terreno. Ainda mais com o despedimento de Benítez por maus resultados e a consequente chegada de Zinedine Zidane.
Esquecido por Zidane, Benítez e Kovac
O campeão do mundo francês apoiou o tridente do meio-campo. Isco tornou-se o quarto médio. Kovacic substituiu Casemiro em muitos jogos e cumpriu o seu papel, enquanto James tornou-se numa das referências da segunda equipa, uma formação alternativa com a qual Zidane deu descanso a jogadores como Cristiano Ronaldo, Bale e Sergio Ramos em alguns jogos da LaLiga.
James Rodríguez foi para o Bayern. Com Heynkes foi importante. Ganhou duas Bundesligas até à chegada de Niko Kovac, um treinador com ideais defensivos, com quem tinha divergências. Regressou a Madrid e reencontrou Zidane. Não teve os minutos que esperava e, após um mercado agitado, mudou-se para o Everton, onde Carlo Ancelotti o esperava de braços abertos.
Nova oportunidade para melhorar a sua imagem
Em Goodison Park, mostrou um bom nível nos primeiros tempos. Depois, as lesões e a saída de Ancelotti do banco deixaram-no desprotegido. Rafa Benítez assumiu as rédeas do projeto e James Rodríguez foi descartado. Procurou uma equipa na Europa, sem sucesso, e foi para o Catar. Passados alguns meses, mudou-se para a Grécia e daí para o Brasil, onde a sua saída do São Paulo deixou muito a desejar.
Depois de uma Copa América memorável, onde a única cereja do bolo foi a conquista do título, James Rodriguez tem uma nova oportunidade. Vallecas, um estádio que se habituou a ver ressurgir das cinzas algumas estrelas "esquecidas" como Falcao, por exemplo, será a nova casa do médio do Cafetero.
James Rodríguez regressa à LaLiga com a intenção de demonstrar a consistência que exibe na Colômbia. O Rayo recebe uma contratação de qualidade, com técnica e necessidade de vingança à sua frente.