Não é apenas mais um aniversário para o capitão da Argentina, é um dia perfeito para lembrar os inúmeros feitos que definiram a carreira de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos na sua última Copa América, a sétima da sua carreira.
Das ruas de Rosário, sua terra natal, aos estádios mais emblemáticos do planeta, Messi deixou uma marca indelével nos livros de futebol e na memória de milhões de fãs.
Campeão do mundo em 2022 e campeão da América em 2021. Oito Ballon d'Ors e três prémios FIFA The Best. Duas Bolas de Ouro (2014 e 2022) como melhor jogador de um Mundial. Duas vezes melhor jogador da Copa América (2015 e 2021). Seis vezes melhor marcador da Liga dos Campeões. Duas vezes melhor jogador da Europa. Um Prémio Laureus (2019).
No total, 57 prémios individuais que falam da sua vida e do seu trabalho.
"Tive a sorte de ter conseguido tudo na minha carreira (...) O meu maior prémio foi o Mundial. Muitos adeptos em todo o mundo queriam que a Argentina fosse campeã, em parte por minha causa. Não tenho mais nada para conquistar, já ganhei tudo", diz Messi.
A era Messi
Em novembro, fará 21 anos que Messi se estreou como profissional, num amigável do Barcelona contra o FC Porto. Mais de duas décadas em que revolucionou e mudou a história do futebol.
Do miúdo frágil de 14 anos, mas tocado pela mão de Deus, que chegou ao Barcelona a precisar de um tratamento hormonal dispendioso para se desenvolver fisicamente, restam apenas as memórias cinematográficas de uma qualidade extraordinária prestes a explodir.
O jogador escreveria a sua história com os Culés durante 17 temporadas: quatro Ligas dos Campeões, dez LaLigas, sete Taças do Rei, três Mundiais de Clubes, oito Supertaças de Espanha e três Supertaças Europeias.
E por trás de todos estes títulos, centenas de golos e jogadas de todos os tamanhos, sabores e cores. Prémios e mais prémios, recordes, elogios por todo o lado, reverência de todo o mundo. A sua estrela estava a crescer e o mundo começava a dar-lhe o melhor lugar na história do futebol.
Desilusões? Claro, ele também as teve. Foi então que o planeta descobriu que Messi era humano.
Com a Albiceleste, perdeu quatro finais, três finais da Copa América (2007, 2015 e 2016) e a mais dolorosa, a final do Mundial-2014, no Brasil, contra a Alemanha. Tal como Maradona na final de Itália-1990, a Mannschaft também lhe deixou uma cicatriz na alma ao arrebatar-lhe o Campeonato do Mundo.
A sua inesperada e dramática saída do Barcelona para o Paris Saint-Germain, em agosto de 2021, mostrou Messi no seu estado mais vulnerável.
O "Miami Sun"
Felizmente para o 10, o Mundial-2022 surgiu no seu horizonte, e assim conseguiu dissipar as mágoas da sua passagem pelo PSG, onde na sua primeira época conquistou a Ligue 1 mas sofreu a frustração de perder nos oitavos de final da Liga dos Campeões para o Real Madrid.
No Catar, foi feliz. A épica vitória final sobre a França será recordada como o mais intenso e emotivo dos Mundiais. Foi o ponto alto da sua longa carreira.
Mas em Paris não lhe perdoaram tal afronta. Messi queria continuar a ser feliz e por isso partiu para Miami. Poucos dias depois de vestir a camisola rosa, mostrou que as suas virtudes estavam intactas.
Imerso na Copa América, Messi tornou-se o jogador com mais partidas na história do torneio continental, alcançando a marca de 35 jogos na estreia contra o Canadá.
O camisola 10 dividia essa honra com o guarda-redes chileno Sergio Livingstone (34 partidas) desde a final da Copa América do Brasil-2021, quando a Albiceleste se sagrou campeã.
A Copa-2024 também pode render ao astro argentino mais dois recordes: tornar-se o melhor marcador da história da Copa América e o primeiro jogador a vencer dois torneios consecutivos como capitão.
O brasileiro Zizinho e o argentino Norberto Mendez dividem o recorde de melhores marcadores da história da Copa América, com 17 golos cada. Messi, com 13, precisa de quatro golos para empatar e cinco para estabelecer um novo recorde.