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Os maiores nomes do Brasil que nunca foram a um Campeonato do Mundo

Daniel Ottoni
Momento de oscilação de Alex, em 2002, deixou-o de fora do Mundial
Momento de oscilação de Alex, em 2002, deixou-o de fora do MundialProfimedia
Mesmo não tendo o mesmo estatuto de um Mundial, a Copa América tem sempre o seu valor. Se defender o seu país já é motivo de grande orgulho, em situações isoladas, representar toda uma nação no torneio mais importante do continente é algo marcante na carreira de qualquer jogador.

Na competição deste ano, que vai acontecer nos Estados Unidos, entre 20 de junho a 14 de julho, vários dos jogadores convocados terão a maior oportunidade das suas carreiras, com alguns deles sem terem tido a mesma sorte de estar na lista de um Mundial. 

Levando em consideração todas as seleções, convém lembrar que apenas algumas delas estarão no Mundial-2026, que terá a mesma sede, além de México e Canadá.

Se a vaga chegar, ainda será preciso superar a concorrência de companheiros de posição para estar na lista final do treinador e colocar o Mundial no currículo, uma marca para poucos. 

Siga a Copa América no Flashscore

Sendo assim, a Copa América representa muito para quem é convocado. Os que lá estiveram e não foram a um Mundial, enaltecem o reconhecimento pela convocatória. 

"Foi um dos momentos mais marcantes da minha carreira. Defender o país é o sonho de qualquer atleta e comigo não era diferente. Depois do Mundial, é o torneio entre seleções mais importante. Foi motivo de muita alegria e satisfação vestir a camisola do Brasil. Ganhámos o torneio em cima o nosso maior rival, com um gosto especial pela forma que se deu", lembra Mancini, antigo lateral e médio, com passagens por Roma, Inter de Milão, AC Milan e Atlético Mineiro. 

Mancini teve sucesso no futebol italiano
Mancini teve sucesso no futebol italianoProfimedia

Jogo histórico

Mancini fez parte da equipa campeã da Copa América de 2004, no Peru, que teve o avançado Adriano Imperador a fazer, nos descontos, o golo do empate contra a Argentina, antes do título ser confirmado nos penáltis.

"Não tenho frustração de não ter ido a um Mundial. Vesti a camisola da seleção no Pré-Olímpico, Eliminatórias e Copa América. Isso preenche qualquer lacuna. As memórias que tenho daquele grupo são ótimas, uma boa convivência com Parreira e Zagallo. O grupo era fechado e tinha uma qualidade técnica acima da média", lembra Mancini.

Jogadores que brilharam na Copa América

Alex

O médio revelado pelo Coritiba esteve na Copa América de 2001, quando a seleção brasileira não levou sua força total e acabou por ser surpreendida pelas Honduras nos quartos de final. Alex tinha hipóteses de estar no Mundial-2022 e era um dos nomes considerados certos na lista final.

Participou nas Eliminatórias, marcando um dos golos da vitória sobre a Argentina, mas não esteve na lista de convocados do técnico Luiz Felipe Scolari. O momento de oscilação na carreira, sem se afirmar no Parma, naquele momento, acabou por pesar na decisão do treinador. 

Djalminha

Foi o médio da seleção do Brasil que conquistou a Copa América de 1997, sendo convocado depois de duas boas temporadas pelo Palmeiras. Quando o torneio aconteceu, Djalminha já era jogador do Deportivo da Coruña. O mau momento da equipa pode ter pesado para sua não convocação para o Mundial de 1998, quando atravessava uma boa fase pessoal na carreira. Por um ato de indisciplina, ao dar uma cabeçada ao técnico Javier Irureta, foi punido e também ficou de fora também do Mundial-2002. 

Dirceu Lopes

O "Pequeno Príncipe" disputou a Copa América de 1975, sendo este o seu momento mais importante com a camisola da seleção brasileira. Dirceu tinha possibilidades para estar num Mundial, mas acabou por ser preterido. É considerado um dos maiores médios da história do futebol brasileiro e um dos principais nomes do Cruzeiro. 

Neto

O ex-médio do Corinthians teve a hipótese de disputar o Mundial-1990, quando vivia um grande momento na carreira ao serviço o Corinthians. Acabou por não ser convocado pelo técnico Sebastião Lazaroni para o Mundial de Itália. Neto continuou a fazer a diferença pelo Timão, sendo premiado com a convocatória para a Copa América de 1991. 

Amoroso

Goleador por onde passou, como Guarani, Borussia Dortmund e São Paulo, foi convocado para a Copa América de 1999, conquistando o título continental pelo Brasil. A sua maior hipótese seria de disputar o Mundial-2002, quando vivia uma grande fase no Dortmund, mas não entrou na lista de Felipão. 

Fábio

Participou na Copa América de 2004 e, há mais de uma década, é considerado um dos melhores guarda-redes do Brasil. Apesar de, com mais de 40 anos, continuar a atuar ao alto nível e fazendo a diferença debaixo na baliza, principalmente por Cruzeiro e Fluminense, Fábio não teve a hipótese de disputar um Mundial.

Raul Plassmann

Um dos grandes guarda-redes da história do futebol brasileiro que também ficou de fora dos Mundiais, mas teve a hipótese de disputar a Copa América de 1975. Nessa altura, representava  o Cruzeiro, clube onde continua a ser uma grande referência.