Procura-se um líder para devolver a forma ao Brasil
Kaká, Romário, Garrincha, Pelé, Dida, Ronaldo, Cafu, Ronaldinho, Rivaldo... A lista de estrelas de classe mundial que, no passado, cativaram o mundo do futebol com as suas belas jogadas, dribles, velocidade e transbordamento, hoje em dia passa despercebida, para alguns.
Desde que Neymar, a última referência ofensiva do Brasil, sofreu uma grave lesão (ligamento cruzado anterior), a Canarinha não conseguiu dar equilíbrio à sua frente de ataque. Nem Vinicius Jr, nem Rodrygo, nem o jovem Endrick têm dado o rendimento que conseguem a nível de clube.
Até ao momento, o destaque do gigante sul-americano é a recente vitória por 2-1 sobre o Chile, em Santiago, com um golo de Luiz Henrique, ex-jogador do Betis, aos quatro minutos do segundo tempo. Savinho, por sua vez, também reflete um pouco da explosão que o levou ao Manchester City de Guardiola.
Quem será o herdeiro de Neymar?
Desde que o Brasil foi eliminado do Mundial-2022 pela Croácia, parte da imprensa e dos adeptos clama por um novo homem de frente. Para muitos, Vinicius Jr. e Rodrygo deveriam ser os responsáveis por puxar a seleção para frente. Os números, no entanto, não estão a favor dos jogadores do Real Madrid.
Vinicius tem cinco golos e cinco assistências pelo Brasil. Rodrygo balançou as redes por quatro vezes. Os números refletem a situação adversa que a Canarinha enfrenta. Apesar de ter dois dos melhores laterais do mundo no plantel, Dorival Júnior ainda não encontrou a fórmula para tirar o máximo proveito deles no apuramento da CONMEBOL.
Na atual campanha das eliminatórias, o artilheiro do Brasil é Rodrygo, com três golos. Neymar, com dois, está em segundo lugar. A crise de golos da seleção brasileira é enorme e até mesmo algumas figuras externas, como o presidente Lula da Silva, pediram a promoção de jogadores do Brasileirão porque não há "fendas" na Europa.
"Não há Garrincha ou Romário", disse Lula.