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Ronaldo e Rivaldo recordam Copa América de 1999: "Podíamos ganhar a qualquer seleção"

Ronaldo foi um dos destaques do título da Copa América de 1999
Ronaldo foi um dos destaques do título da Copa América de 1999AFP
Em clima de Copa América, Ronaldo e Rivaldo, grandes astros da seleção brasileira, recordaram os 25 anos desde a conquista do título continental de 1999, numa edição disputada no Paraguai. Na ocasião, o Brasil conquistou o bicampeonato consecutivo e a sexta taça de sua história no torneio. Uma seleção que tinha Luxemburgo como treinador e de uma estrela que despontava: Ronaldinho Gaúcho.

Ronaldo e Rivaldo participaram no "Resenha de Artilheiros", programa apresentado pela jornalista Rosiane Siqueira no canal de uma casa de apostas desportivas no YouTube

No jogo decisivo da Copa América de 1999, o Brasil derrotou o Uruguai, por 3-0. Rivaldo marcou duas vezes, enquanto Ronaldo fez o outro golo da seleção. 

Rivaldo, que foi eleito o melhor jogador do torneio, relembrou os momentos marcantes da conquista, especialmente a decisão no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. 

"O meu momento mais marcante foi a final da competição, foi um momento muito bom, onde marquei dois golos e o Ronaldo fez o terceiro golo, mas teve muita coisa acontecendo durante a competição, como ganhar à Argentina, por 2-1, quando fiz o golo do empate e o Ronaldo fez o golo da vitória. Fui expulso contra o México. Aconteceu de tudo na Copa América”, brincou Rivaldo.

Acompanhe Brasil x Costa Rica no Flashscore

Motivação após tristeza na França

Um ano antes, no Mundial da França, o Brasil teve o penta próximo, mas acabou por perder a final para os donos da casa. A Copa América de 1999 foi uma espécie de resposta daquela geração ao desapontamento vivido no Mundial. Ronaldo recordou a motivação do plantel. 

"O bom do futebol é que ele é dinâmico: perdes num dia, na outra semana tens a chance de ganhar. E nós, que viemos do futebol e do desporto, aceitamos de maneira razoável a derrota, diferente do adepto que busca histórias e teorias da conspiração", pontuou o Fenómeno.

"Aprendemos desde muito cedo no desporto a ganhar e, principalmente, a perder. Mas a vontade de estar na seleção brasileira é sempre muito grande. O objetivo seguinte, que era a Copa América, fez todo o grupo motivar-se a ir, se colocar à disposição, e lá estávamos já prontos para apagar de maneira momentânea a derrota de 98", completou o eterno camisola 9 brasileiro. 

Com um elenco recheado de estrelas no seu máximo potencial, a Seleção de 1999 sentia-se pronta para conquistar qualquer objetivo. Por isso, a Copa América daquele ano teve um "gostinho especial", como salienta Ronaldo. 

"Sentia uma confiança, um sentimento de que nós poderíamos ganhar de qualquer seleção do mundo. Nós íamos para cada jogo como se fosse o último (...) nós temos que ganhar, depois o próximo. Juntar um grupo de grandes campeões comprometidos com o objetivo que é ser campeão, com todos a remarem na mesma direção, faz o grupo muito especial".

"A Seleção passava essa sensação de poder conquistar qualquer objetivo. Acho que esse grupo ficou consagrado pelos títulos e por toda a luta que teve por trás de cada um – individualmente falando, foi muito grande", recordou Ronaldo. 

1999: o ano de ouro de Rivaldo 

Rivaldo foi eleito o melhor jogador do mundo de 1999
Rivaldo foi eleito o melhor jogador do mundo de 1999AFP

O ano de 1999 marcou a carreira de Rivaldo. Campeão com a seleção brasileira, sendo o melhor marcador e o melhor jogador da Copa América, ele ainda conquistou o Campeonato Espanhol com o Barcelona e foi eleito o melhor jogador do mundo. 

“Ser campeão do mundo é sempre muito importante, mas ser considerado o melhor jogador do mundo é algo que qualquer jogador deseja. Aquele ano de 1999 foi muito importante. Venci a Copa América, conquistei títulos pelo Barcelona e fui melhor marcador antes de ser considerado melhor jogador do mundo. Foi muito especial pra mim, ajudou a coroar aquele ano incrível”, destacou Rivaldo. 

O surgimento do "Bruxo"

Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno na Copa América 1999
Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno na Copa América 1999AFP

Aquela Copa América marcou a estreia de Ronaldinho com a camisola da seleção brasileira. Revelação do Grémio, ele apresentou o seu cartão de visitas com a Amarelinha fazendo um golo inesquecível na goleada sobre a Venezuela, por 7-0. 

"Ronaldinho Gaúcho soltou-se rápido, destacou-se ao fazer aquele golo bonito no primeiro jogo, ele veio para o lugar do Edilson, que foi cortado. Acabou por entrar muito bem e tornou-se o que é hoje por conta do que fez naquela Copa América", salientou Rivaldo. 

Luxemburgo no comando 

Luxemburgo é celebrado pela conquista da Copa América de 1999
Luxemburgo é celebrado pela conquista da Copa América de 1999AFP

Depois da saída de Zagallo, o futebol brasileiro precisava de um novo comando. O escolhido foi Luxemburgo, que já era um dos maiores técnicos do país. Ronaldo lembra com carinho a sua relação com o professor. Muitas histórias foram escritas, inclusive algumas que não podem ser reveladas, como brincou o Fenómeno. 

"Lembro de muitas histórias não publicáveis (risos). Tenho um respeito máximo, ele é uma lenda do futebol brasileiro, inovador no seu momento, uma pessoa que entendia o desporto como poucos e, no dia a dia, sempre muito agradável com todos", afirmou Ronaldo. 

"Ele é um cara parceiro, aquele cara que sempre esteve na brincadeira com os jogadores", completou Rivaldo sobre o treinador que o trouxe para jogar no Palmeiras e Cruzeiro.