Uruguai derrota Canadá nos penáltis e fica em terceiro lugar na Copa América (2-2, 4-3 g.p)
Recorde as incidências da partida
O atual avançado Luis Suárez, entrado ao intervalo, marcou, aos 90+2 minutos, o golo que selou o 2-2 no final dos 90 minutos e levou o jogo para as grandes penalidades, nas quais apontou o 4-2 final, antes de Alphonso Davies atirar um panenka à barra e depois de Sergio Rochet para o remate de Ismaël Koné.
Para trás ficou um tempo regulamentar em que a formação celeste, mesmo marcando primeiro, aos oito minutos, por Rodrigo Bentancur, não conseguiu disfarçar, em muitos momentos, a frustração por estar apenas a lutar pelo terceiro lugar.
Em estreia na prova, o Canadá, pelo contrário, apresentou-se, ainda que com um onze renovado, com mais vontade de ser terceiro, o que quase conseguiu, na reviravolta protagonizada por Ismaël Koné, aos 22 minutos, e Jonathan David, aos 80.
Na parte final, prevaleceu, porém, a classe de Luis Suárez, a sua eficácia – a que faltou em muitos momentos a Darwin Núñez -, para o golo 69, e quiçá último, pelo Uruguai (lidera com mais 11 do que Edinson Cavani), que representou em 142 ocasiões.
O conjunto uruguaio entrou com apenas duas alterações em relação às meias-finais, sendo novidades os laterais Nández e Viña, enquanto os canadianos surgiram com seis mudanças, deixando de fora, entre outros, as estrelas Alphonso Davies, Stephen Eustáquio, jogador do FC Porto, ou Jonathan David.
Aparentemente, parecia que a formação celeste queria mais o terceiro lugar, tendência que se intensificou aos oito minutos, quando, após um canto na esquerda de Valverde e um cabeceamento de Cáceres, Bentancur marcou, à meia volta, de pé esquerdo.
Em vantagem, o Uruguai ficou mais cómodo e quase chegou ao segundo golo aos 18 minutos, com Darwin Núñez a isolar Maximiliano Araújo, que rematou de pé esquerdo para defesa com o mesmo pé do estreante Dayne St. Clair, substituto de Crépeau.
A esta entrada afirmativa dos sul-americanos, a seleção da CONCACAF respondeu com um centro de Shaffelburg pela esquerda, ao qual Oluwaseyi não deu sequência, mas ganhou um canto, do qual nasceu o golo do empate, aos 22 minutos, com Bombito a ganhar de cabeça e Koné a bater Rochet com um chapéu acrobático.
Depois do empate, o Canadá, com mais vontade, assumiu o comando do jogo e, até ao intervalo, teve duas enormes ocasiões para selar a reviravolta, mas Oluwaseyi falhou o alvo de cabeça, aos 41 minutos, e, aos 43, isolou Osorio, que viu o seu primeiro remate detido por Rochet e o segundo, de cabeça, salvo por Nández.
Insatisfeito, Marcelo Bielsa trocou ao intervalo Ugarte e Darwin por De Arrascaeta e Luis Suárez, mas o Canadá continuou por cima e só não marcou aos 60 minutos porque, uma vez mais, Oluwaseyi falhou na cara de Rochet.
As substituições continuaram em catadupa e Cornelius, entrado aos 67 minutos, foi decisivo na manutenção da igualdade, primeiro aos 69, ao anular um passe fatal de De Arrascaeta para Suárez, e depois, aos 70, a dar o corpo a um remate de Brian Rodríguez.
O jogo tornou-se mais partido, com Alphonso Davis, aos 71 minutos, a atirar de fora da área ao lado do poste esquerdo, e, do outro lado, aos 78, Valverde, já na área, a rematar à barra.
Aos 80 minutos, Koné arrancou do seu meio-campo, galgou metros e, à entrada da área, após desviar-se de Cáceres, rematou forte, com Rochet a defender para a frente e Jonathan David, entrado aos 67, a fazer a recarga vitoriosa.
O Uruguai parecia derrotado, mas Luis Suárez não queria despedir-se com uma derrota e, depois de falhar uma primeira tentativa, aos 90+2 minutos, culpa também de St. Clair, marcou instantes depois, após cruzamento de Giménez, na direita, forçando um desempate em que o conjunto celeste prevaleceu.