PSV continua a esmagar a concorrência na Eredivisie, com o eterno De Jong a liderar
A principal competição neerlandesa tem apenas um rei nos últimos dias, semanas e meses: o PSV, que tem o melhor ataque (59 golos em 17 duelos) e a melhor defesa (apenas 7 golos sofridos).
No entanto, o que é particularmente grandioso é a série sem qualquer perda de pontos - 17 vitórias em 17 jogos é algo sem precedentes nos principais campeonatos da Europa e certamente não acontece todos os anos.
E, ao mesmo tempo, os jogos de preparação do Eindhoven não estão a correr nada bem. No verão, foi apanhado pelo Sint-Truiden (1-2), um pouco mais tarde pelo Schalke 04 (0-2) e já no ano civil de 2024 o PSV empatou com o Heracles (1-1) e o Hamburgo (2-2).
No entanto, o último jogo contra o Excelsior Rotterdam trouxe, não só os três pontos obrigatórios, mas também vários recordes. O clube igualou o melhor início de época da história da Eredivisie e o ponta de lança Luuk de Jong garantiu o seu lugar entre os melhores marcadores de sempre da liga. Só pelo PSV, já marcou 152 golos.
Com sete hat-tricks, igualou os desempenhos de Matej Kezman e Luis Suárez. Apenas Klaas-Jan Huntelaar e Dirk Kuijt marcaram mais vezes um hat trick neste milénio.
"Já considero esta fase especial, mas vou apreciá-la especialmente depois da minha carreira. Estou a gostar desta equipa. Desde os jovens, que estão a melhorar todos os dias, aos suplentes, que também têm influência, à equipa técnica. Nunca tinha vivido nada assim em nenhum clube. Somos uma verdadeira equipa", afirmou Luuk de Jong numa entrevista ao site oficial do clube.
O treinador Peter Bosz, que já dirigiu Ajax, Dortmund, Leverkusen e Lyon, e que tem vindo a preparar De Jong desde o verão passado, apreciou também o seu contributo.
"É único no futebol moderno. Ele move-se entre as lendas, isso por si só diz o suficiente", comentou o treinador de forma sucinta.
PSV, o clube do destino
Apesar de sete avançados estarem com bons números, é o mais velho deles, De Jong, para quem o PSV representa um ponto-chave na carreira, que tem os melhores números. No Borussia Mönchengladbach, no Newcastle United ou no Sevilha, não foi tão glorioso mas marcou sempre.
Apesar de, no final da época, estar a celebrar o seu 34.º aniversário, os seus 15 golos no campeonato e os sete golos na Liga dos Campeões mostram que está a recuperar o fôlego de goleador.
Mas voltemos ao PSV, cujo melhor registo esta época é de 4-0. Este resultado foi obtido seis vezes: em Alkmaar, em Zwolle, em Sparta Rotterdam, em Almere City, em Nijmegen e em Waalwijk. O Ajax, aliás, sofreu cinco em Einhdoven.
O novo clube do Philips Stadion, que terá de enfrentar o Borussia Dortmund na fase a eliminar da Liga dos Campeões, está claramente a caminho do seu 25.º título de campeão. O segundo classificado está a doze pontos de distância e o terceiro a catorze. Se as tesouras continuarem a abrir-se desta forma, o título poderá ser facilmente festejado já na viragem de março para abril.
Todas as séries têm o seu fim, mas a série que o vencedor da Taça dos Campeões Europeus de 1988 está a fazer pode durar ainda algum tempo.
Dentro de alguns dias, Dest, Lozano, Tillman e companhia irão a Utrecht e, também neste caso, só se espera um triunfo. E quem sabe se não estaremos a assistir a uma geração excecional do PSV, que um dia será escrita nas enciclopédias.