11 contra 10 e no início ganha a Alemanha: espetáculo caseiro acabou em goleada à Escócia
Recorde as principais incidências da partida
A expectativa estava criada. Por muito que os alemães aparentassem nem estar assim tão interessados no Euro-2024 e as sondagens causassem uma polémica a fazer lembrar a primeira metade do século XX, assim que a hora do apito inicial se aproximava todos pensaram no mesmo.
A melhor maneira de criar impressão, depois das inseguranças que a seleção alemã foi apresentando ao longo da caminhada para o Europeu disputado em casa, era conseguir uma entrada forte. Nagelsmann renovou o plantel e provocou algumas surpresas e protestos, mas o selecionador alemão começou cedo a ganhar motivos para justificar as suas decisões.
Depois de uma época de sonho, Florian Wirtz tem tudo para ser um dos jogadores deste Europeu, embora tenha alguns rivais à altura, nomeadamente na seleção alemã, como Musiala. O campeão alemão é já uma figura da Alemanha e quase teve entrada de sonho quando obrigou Gunn a uma defesa pouco ortodoxa (1 minutos).
O guardião escocês começava aí a ser uma das figuras da partida, não tanto pela qualidade das intervenções, mas sim pela quantidade de vezes em que foi chamado a intervir. Na segunda tentativa alemã, o desvio de Gunn acabou por ser insuficiente para evitar o golo de Florian Wirtz (10 minutos), mas é preciso puxar a fita atrás para perceber a maravilha que é o futebol de Kroos (recuou para iniciar a jogada à esquerda) e a inteligência de Kimmich, que faz a assistência.
É sempre um momento emblemático de uma grande competição: o golo inaugural estava feito. Infelizmente para a Escócia, este foi só o começo do pesadelo. A equipa de Steven Clarke contou com muito apoio nas bancadas, mas os adeptos acabaram por viver 45 minutos para esquecer. Os escoceses não fizeram um único remate ou tentativa disso, enquanto a Alemanha teve o jogo e o resultado na mão. Tudo pareceu fácil no controlo de Musiala, que começou a jogada e recebeu de Havertz para fazer o 2-0 (19 minutos).
A seleção alemã divertiu-se com bola e os escoceses ficaram visivelmente incomodados. Angus Gunn ia fazendo o que conseguia, mas tão pouca Escócia acabou por ser presa fácil para a Alemanha, especialmente depois de Porteous ter visto o cartão vermelho após entrada assassina sobre Gundogan (42 minutos).
Neste jogo, um mal nunca veio só para os escoceses. A falta de Porteous na pequena área resultou num penálti convertido por Kai Havertz, já nos descontos, que sentenciou uma primeira parte de sentido tão único que nem deu para ver Neuer em ação.
Sem conflito
Com um jogador a menos e o resultado praticamente feito, a Escócia procurou acima de tudo minimizar perdas, aproveitando o facto de a seleção alemã também estar mais interessada em descansar para uma competição na qual se espera que, ao contrário do adversário desta sexta-feira, o percurso seja longo.
Por isso, não foi de estranhar que a segunda parte fosse bem menos interessante do que a primeira. Musiala foi garantindo que todos continuavam atentos ao jogo inaugural, mas mesmo assim foi preciso contar com uma bomba de Füllkrug para despertar. Depois de ter dado que falar pelo conflito com Rudiger, o avançado do Dortmund foi capaz de disparar uma pancada seca para apontar o quarto golo (69 minutos).
O final da partida trouxe animação para os adeptos escoceses, depois de Rudiger também querer dar uma pancada no jogo com um autogolo caricato. No entanto, depois de cantarem "No Scotland, no party", Emre Can, chamado para substituir o lesionado Pavlovic, fechou o jogo com o 5-1 em grande estilo.
Homem do jogo Flashscore: Musiala (Alemanha)