Arrivederci: Zaccagni empata no último segundo e deixa croatas à espera de um milagre
Acompanhe aqui as principais incidências do Croácia-Itália
As contas eram fáceis de se fazer: a Croácia precisava de vencer, aos italianos bastava um empate. Por isso, várias mexidas foram feitas nas duas equipas, com Spalletti a priorizar o equilíbrio defensivo, enquanto Dalic tentou agitar um ataque desinspirado com as entradas de Susic e Palasic.
Um bloco de gelo
Naquele que pode ser o último Euro de Modric, os croatas não queriam deixar cair a estrela na fase de grupos e tiveram uma entrada forte, sufocando os italianos e com Susic a colocar à prova Donnarumma com um disparo de fora de área.
No entanto, os transalpinos estavam nas suas quintas, só precisavam de segurar o empate e rapidamente começaram a equilibrar o tabuleiro mantendo a posse de bola e congelando-a nos momentos de paragem. Longe de serem inofensivos, Retegui mostrou faro de matador e só não marcou porque a cabeça de Gvardiol se intrometeu no seu caminho.
Aos 27 minutos, foi a vez de Livakovic mostrar-se ao mais alto nível com uma defesa espetacular ao cabeceamento à queima-roupa de Bastoni na ressaca de um canto. Até ao intervalo, ficou bem patente a falta de criativdade do ataque croata e a tranquilidade italiana no duelo, segurando o nulo ao intervalo, como pode ver no gráfico abaixo.
Depois do descanso, o caos
Dalic foi ao banco para lançar o portentoso Budimir e ganhar mais poder de fogo, enquanto Spalletti lançou Frattesi por Pellegrini, uma mudança que viria a ter impacto direto no resultado. Isto porque, o transalpino recém-entrado tinha a mão onde não devia e concedeu uma grande penalidade. Chamado a converter, Modric foi travado pelo gigante Donnarumma, mas o duelo não se ficou por aí.
Isto porque, 15 segundos depois, o italiano voltou a brilhar com uma grande defesa a desvio de Budimir, mas na recarga a bola foi parar aos pés do capitão Modric que aproveitou as facilidades defensivas para se redimir e atirar, momentaneamente(!) a equipa para os oitavos. O médio do Real Madrid tornou-se o mais velho marcador de sempre a marcar num Europeu, com 38 anos e 289 dias.
Spalletti foi ao banco buscar o dínamo Chiesa que criou perigo logo na primeira vez que tocou na bola. O extremo da Juventus apareceu e desapareceu como lusco fusco, já que não teve companhia na qualidade de finalização de Bastoni e Darmián, acabando por se eclipsar. Modric deu então lugar a Majer para sair sob um coro de aplausos croatas... Mal sabiam eles que este foi provavelmente o seu último jogo num Euro.
Zaccagni acordou o vulcão
Isto porque o caos e a tensão dos últimos minutos fizeram muita faísca que acabaram por acender o rastilho. No último minuto dos oito de descontos, Calafiori rompeu pelo corredor central da defesa croata que se aglomerou na zona central, passou à esquerda para um isolado Zaccagni que, de primeira e em arco, atirou um remate indefensável e tornou as bancadas italianas num autêntico Vesúvio de euforia.
Homem do jogo Flashscore: Gianluigi Donnarumma (Itália).