Do choque histórico ao final à italiana: Campeão em título não convence na estreia
Recorde as principais incidências da partida
Quem diria que íamos ver história acontecer à frente dos nossos olhos em dois jogos consecutivos? Depois de Lamine Yamal ter sido o jogador mais jovem da história dos Europeus, Bajrami também colocou o seu nome e o da Albânia nos registos dos Campeonatos da Europa.
Oportunista, o médio albandês aproveitou um erro colossal de Dimarco, que assistiu com as mãos, a partir da linha lateral, para o golo mais rápido da história do Euro (23 segundos).
Seriam 23 segundos suficientes para assustar os campeões da Europa? Na nova era com Luciano Spaletti, a Squadra Azurra não esperava começar a defender o título desta forma, mas a resposta foi digna de campeão.
Sem tremer perante a adversidade inicial, Barella deu o primeiro aviso e por pouco não fez o empate logo aos 2 minutos de partida. Seria o início mais louco da história dos Europeus, mesmo que essa seja uma marca impossível de registar no histórico da UEFA.
Quem chegou atrasado, perdeu um início de loucos. Apesar do golo, a seleção albanesa não baixou logo linhas e quis aproveitar a sua confiança e a desconfiança adversária para voltar a surpreender Donnarumma, mas por muita boa vontade que a equipa de Sylvinho tivesse o nível era simplesmente demasiado alto. Por isso, era imperativo evitar qualquer erro, mas o deslumbramento inicial acabou por resultar numa verdeira desilusão.
Do laboratório italiano saiu a jogada que acabou por resfrear os ânimos albaneses e acalmar os apostadores mais nervosos. Com um canto ensaiado, Pellegrini colocou a bola na cabeça de Bastoni, que apareceu ao segundo poste para dar o golpe em Strakosha (11 minutos).
Tinham passado 10 minutos, mas os sinais foram mais do que evidentes. Itália não iria voltar a ser surpreendida, por isso tratou de desfazer o empate e as dúvidas que podiam recair sobre a sua capacidade para vencer um dos mais modestos conjuntos do Europeu.
Numa ode à eficácia, o terceiro remate a uma baliza, no caso a albanesa, acabou por ditar o terceiro golo. Barella (16 minutos), à lei da bomba finalizou de forma simplista um lance que Scamacca e companhia estavam a complicar.
O missil do jogador do Inter de Milão devolveu os albaneses ao planeta Terra e a equipa de Sylvinho ressentiu-se. Depois daquele início de sonho, tinha chegado o momento de sentir o peso da responsabilidade e a capacidade do adversário, recolhendo as tropas para junto da área de Strakosha.
O guarda-redes, que até tem uma longa ligação a Itália, foi decisivo para suster a força ofensiva italiana numa altura em que a exigência era extrema. Frattesi acertou no poste, Scamacca e Pellegrini foram travados pelo ex-guardião da Lazio, que conseguiu segurar o 2-1 na ida para os balneários.
Final à italiana
O filme da segunda parte é bem mais simples de contar. Sem surpresas, ao contrário do que aconteceu na primeira parte, vimos vários clássicos do futebol internacional.
A Albânia, que não tinha nada a perder e segurou o 2-1 na melhor altura da seleção italiana, estava à procura de mais uma bola milagrosa que pudesse resultar no golo do empate. Já a Itália... foi Itália.
A equipa de Spaletti pareceu diferente do habitual quando tentou chegar ao 3-1, mas assim que o tempo foi passando e Strakosha conseguiu agarrar o resultado os italianos procuraram fazer o mesmo.
A ideia, tão italiana como uma fatia de pizza, quase acabou por correr mal. Valeu Donnarumma para evitar o golo de Rey Manaj (90 minutos) na tal oportunidade que a Albânia esperava. Podia ter sido bem diferente.
Homem do jogo Flashscore: Bastoni (Itália)