Reveja aqui as principais incidências da partida
Clima de festa em Gelsenkirchen. Ao contrário do que tem sido habitual, Portugal chegava à terceira jornada da fase de grupos com a calculadora no bolso e um ambiente de confiança pouco habitual entre as hostes lusas.
Com várias mudanças no onze e o regresso aos três centrais, Portugal viu o sorriso apagar-se logo aos dois minutos quando António Silva falhou o passe, Mikautadze conduziu a bola e Kvaratshkelia rematou para o fundo das redes. O impensável acontecia: a Geórgia estava a vencer.
A partida entrou então num guião já visto. Portugal dominou a partida, teve mais posse de bola, encostou a Geórgia à área, mas não criou perigo. Uma equipa estática, sem ideias (muita gente aglomerada no meio) e que só ameçou de livre (grande defesa de Mamardashvili a Cristiano Ronaldo) ou remate de fora da área (João Palhinha testou a atenção do keeper adversário).
No segundo tempo, a equipa das quinas pareceu entrar melhor. Uma atitude diferente. Ronaldo teve o empate nos pés, mas Dvali, no chão, cortou. O dia não era de Portugal, em particular de António Silva. Aos 55 minutos, o VAR avisou o árbitro e o central do Benfica foi apanhado derrubar Chakvetadze. Bola na marca dos 11 metros e Mikautadze a bater Diogo Costa.
A saída de Cristiano Ronaldo aos 66 minutos pareceu dar o mote para o que se seguiu. Este era um jogo para gestão física e Roberto Martínez deu mais ênfase a essa situação (Gonçalo Ramos e Matheus Nunes tiveram minutos) que ao vencer a partida. Assim chega a uma fase a eliminar com a Eslovénia onde está obrigado a recuperar as boas sensações que tanto apregoou.
Um resultado histórico para a Geórgia, que garantiu a primeira vitória de sempre num Europeu e avança para os oitavos de final como um dos melhores terceiros. Uma lição para Portugal de um esquema de três centrais que parece estar a faltar qualquer coisa, sobretudo contra blocos baixos. Algo a rever no futuro.
Homem do jogo Flashscore: Kvicha Kvaratskhelia (Geórgia)
