Laranja mecânica precisou do óleo Weghorst
Recorde as principais incidências do encontro
Os Países Baixos, outrora conhecidos simplesmente como Holanda, sempre foram conhecidos no mundo do futebol pelo estilo ofensivo e atrativo. Foi com essa identidade que Koeman levou a seleção neerlandesa ao Euro-2024.
Com Xavi Simons à direita, no lugar que também podia ter pertencido a Frimpong, depois da excelente época no campeão alemão Bayer Leverkusen, Depay solto na frente e Gakpo a um nível que ainda não mostrou ao serviço do Liverpool, os Países Baixos entraram a dominar uma Polónia ainda mais frágil por causa da ausência por lesão de Lewandowski.
O amigável antes da visita para a Alemanha pesou na equipa polaca, mas Szcesny mostrou ser decisivo para suster o período em que a máquina laranja começava a carburar. Gakpo fez a primeira ameaça para defesa do guardião da Juventus e assim começou a tendência da partida.
Reijnders desperdiçou a possibilidade de abrir o marcador minutos mais tarde e na primeira vez que a Polónia conseguiu chegar à área contrária também conseguiu chegar ao golo inaugural. De bola parada, uma das forças neerlandesas, o substituto de Lewandowski mostrou que também sabe fazer golo. Buksa antecipou-se a Dumfries e aproveitou o campo para mostrar à equipa laranja como é que se fazia, ao abrir o marcador de cabeça (16 minutos).
O futebol moderno é assim e os Países Baixos têm tido várias lições de que no futebol não basta atacar, o objetivo é mesmo fazer golos. Depay e Gakpo teimavam em não perceber essa estratégia, apesar das boas iniciativas criadas pelo jogador do Liverpool, claramente o grande destaque da primeira parte.
Se os neerlandeses souberam atacar, o mesmo não se pode dizer da capacidade para finalizar. Apesar dos números de Depay na seleção, os neerlandeses sentiram falta de um goleador, mas lá conseguiram fazer o empate perto da meia hora. Gakpo, claro, está no lance da jogada, mas foi preciso um desvio de Salomon num remate à entrada da área do jogador do Liverpool para que os neerlandeses chegassem, finalmente, ao 1-1 (29 minutos).
E a verdade é que a história do jogo podia ter sido tão diferente se houvesse um pouco mais de acerto na equipa neerlandesa. Mesmo depois do empate, a reviravolta podia ter surgido antes do intervalo. Escusado será dizer que Gakpo e Depay vacilaram no momento de rematar à baliza. O avançado que vai deixar o Atlético Madrid a custo zero teve ocasião de ouro já nos descontos, mas rematou a milímetros do poste.
Óleo saiu do banco
Talvez com a ideia de imitar a equipa polaca, o conjunto neerlandês diminuiu o número de oportunidades na primeira parte, mas nem assim foi capaz de ser eficaz junto à baliza de Szcesny.
Pelo contrário, Koeman viu a sua equipa ameaçada pelo crescimento polaco. Zalewski assumiu as despesas ofensivas e obrigou Verbruggen a duas intervenções importantes com o jogo ainda empatado.
Xavi Simons continuou a somar más decisões e Depay, depois do desperdício, desapareceu do jogo. A quantidade de cruzamentos tentados pelos neerlandeses e as tais dificuldades na grande área pediam uma solução à altura, literamente.
Wout Weghorst, que deu nas vistas do Mundial-2022, saiu do banco apenas aos 81 minutos, mas só precisou de uma oportunidade para resolver os problemas neerlandeses. Com um remate na passada, o finalizador foi isso mesmo e deu o triunfo aos Países Baixos (83 minutos), que ainda sofreram um susto perto do fim, novamente por Zalewski. Verbruggen, na estreia em Europeus, foi uma vez mais decisivo.
Homem do jogo Flashscore: Cody Gakpo (Países Baixos)