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Aos 36 anos, Julian Nagelsmann aceita o desafio da Mannschaft para o Euro 2024

AFP
Nagelsmann em Frankfurt, esta sexta-feira, durante a sua apresentação
Nagelsmann em Frankfurt, esta sexta-feira, durante a sua apresentaçãoAFP
Com apenas 36 anos, Julian Nagelsmann aceitou, esta sexta-feira, o maior desafio da sua jovem carreira: assumir a Alemanha, uma equipa mais baixa do que o chão, e transformá-la num adversário a temer no Euro-2024, disputado em casa, daqui a menos de nove meses.

Já na terça-feira, o diário alemão Bild anunciava um acordo entre a Federação Alemã de Futebol (DFB) e o treinador bávaro, nascido em Landsberg am Lech, a cerca de 60 quilómetros do centro de Munique. A nomeação oficial de Julian Nagelsmann como treinador da Mannschaft, esta sexta-feira, ocorre a pouco menos de nove meses da estreia da Alemanha no Campeonato da Europa, a 14 de junho de 2024, na Allianz Arena, em Munique.

Nagelsmann conhece o estádio como a palma da sua mão, tendo treinado o Bayern durante cerca de 20 meses a partir de 1 de julho de 2021, antes de ser surpreendentemente despedido em 24 de março de 2023, quando o clube bávaro ainda estava envolvido em três competições (Liga, Taça e Liga dos Campeões).

Nagelsmann manteve-se sob contrato com o clube bávaro até à nomeação como selecionador nacional. Por ironia do destino, a sua estreia como técnico da seleção alemã pode acontecer no sábado à tarde, na Allianz Arena, onde ele observará os jogadores do Bayern. Para Nagelsmann, a tarefa de salvar o Euro 2024 em casa significa que todos os dias contam para dar a volta por cima a uma equipa alemã em dificuldades.

Eliminada do Mundial 2018 (fase de grupos), do Euro 2021 (oitavos de final) e do Mundial 2022 (fase de grupos), a Alemanha venceu apenas cinco dos últimos dezoito jogos (contra Itália, Omã, Costa Rica, Peru e França), um sinal do declínio gradual da Alemanha no palco do futebol mundial.

Para Klopp, a idade não é um critério

Após a eliminação no Catar, a Alemanha sofreu derrotas sucessivas contra a Bélgica (3-2, a primeira desde 1954), a Polónia (1-0) e a Colômbia (2-0).

A humilhação contra o Japão (4-1), no dia 10 de setembro, foi um revés a mais, e Hansi Flick foi demitido no dia seguinte, facto inédito na história da federação alemã, em pleno estágio. Foi o diretor desportivo da Federação, Rudi Völler, que assumiu o cargo de treinador interino contra a França (vitória por 2-1).

"Penso que Julian é uma ótima solução, porque é um grande treinador. E quanto à idade? Isso é completamente irrelevante. Aos 28 anos já provou que é um ótimo treinador. Tem oito anos de experiência ao mais alto nível. Há quem o tenha aos 45 ou 50 anos. Isso não é de todo um critério", disse Jürgen Klopp, treinador do Liverpool, que tem contrato com os reds até 2026, à emissora alemã RTL.

Thomas Tuchel, que lançou a carreira de Nagelsmann como treinador e o sucedeu no banco do Bayern, está convencido das "qualidades e competências profissionais" do novo técnico, que terá a vantagem de conhecer muitos dos jogadores com quem trabalhou durante as várias passagens pela Bundesliga (Hoffenheim entre 2016 e 2019, RB Leipzig de 2019 a 2021).

A primeira lista de Nagelsmann para o encontro de outubro e para a digressão americana (amigáveis contra os Estados Unidos, a 14 de outubro, em Hartford, Connecticut, e contra o México, a 17 de outubro, em Filadélfia) será analisada de perto.

Manuel Neuer, guarda-redes e capitão do Bayern e da seleção alemã, está lesionado desde que sofreu uma grave lesão enquanto esquiava no início de dezembro. Neuer culpou a direção e o treinador do Rekordmeister pelo despedimento, no final de janeiro, de Toni Tapalovic, amigo próximo do campeão do mundo de 2014 e treinador de guarda-redes do Bayern. Principal elo de ligação de Nagelsmann no balneário do Bayern, Joshua Kimmich poderá ser beneficiado com a chegada do novo treinador.