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Cinco momentos da qualificação para o Euro: Ibrahimovic, McTominay e o festejo de... Ronaldo

Pavel Křiklan, Tomáš Rambousek, Tiago Alexandre
Cristiano Ronaldo apontou quatro golos nas duas primeiras jornadas
Cristiano Ronaldo apontou quatro golos nas duas primeiras jornadasProfimedia
Os seis dias de abertura da fase de qualificação para o Campeonato da Europa de futebol de 2024 ofereceram muitas estórias. A alegria, por exemplo, desfrutada pelos jogadores de Andorra, que, após um empate (1-1) no Kosovo, celebraram o ponto mais valioso desde 2019. Por outro lado, a deceção também esteve presente, com a República Checa e empatar na Moldávia, a Dinamarca a colapsar no Cazaquistão e os Países Baixos a serem goleados em França.

A mudança mais significativa: Bélgica com um jovem treinador

Após a prestação dececionante e sem brilho no Campeonato do Mundo, o treinador Domenico Tedesco assumiu o comando dos belgas. E, até agora, a sua forma de trabalhar está a funcionar. Tedesco não mudou muito o plantel nem os titulares mas, em vez do 3-5-2, os belgas jogam agora num clássico 4-4-2. Para começar, o novo selecionador teve uma dura missão pela frente diante de 50.000 espetadores em Estocolmo, onde a equipa da casa é bastante forte. Resultado? 3-0.

Domenico Tedesco com o novo capitão, De Bruyne
Domenico Tedesco com o novo capitão, De BruyneProfimedia

Tedesco não tem o currículo de Roberto Martínez. Além disso, é muito jovem e, aos 37 anos, ainda não tem experiência como treinador de uma seleção nacional. Mas fez uma grande estreia. E se se falava que os anos da seleção belga com maior potencial já terminaram, Tedesco deixou antever o contrário.

As disputas internas que destruíram a equipa no Catar ficaram para trás. "Vencer é a melhor receita para a união", disse o treinador após a 15.ª vitória consecutiva da Bélgica em qualificações para o Europeu. Com a segunda-feira "livre", De Bruyne e companhia fizeram um amigável com os alemães. Os anfitriões do Euro-2024 podem preparar-se em paz e o selecionador Hansi Flick afirmou que a equipa vai jogar um futebol completamente diferente. A Bélgica venceu por 3-2 e venceu o vizinho 69 anos depois. A propósito, Tedesco significa alemão em italiano.

Em forma: goleador inesperado

Claro que dinamarquês Rasmus Hojlund merecia destaque, já que precisou de 180 minutos para marcar os seus cinco golos, mesmo que a Dinamarca tenha tropeçado no Cazaquistão. Os escoceses, liderados por McTominay, causaram uma surpresa semelhante, mas pela positiva. A vitória frente a Espanha ficará para sempre registada como um das maiores partida da história da seleção escocesa.

A equipa não sofreu nos dois jogos (venceu o Chipre por 3-0 e Espanha por 2-0), o jogador do Manchester United assinou quatro dos cinco golos da equipa e podia ter feito mais se tivesse estado em campo até ao fim. A sua forma não escapou ao companheiro de equipa Bruno Fernandes, que partilhou a pergunta nas redes sociais: "Já és avançado?".

No Chipre, McTominay conseguiu marcar tantos golos em 24 minutos como em 32 jogos pelo Manchester United nesta época. Contra os espanhóis, manteve a eficácia. "O treinador disse-nos antes do jogo que tínhamos a oportunidade de deixar um legado que as pessoas se lembrarão durante 20 ou 30 anos. Ele colocou-se no nosso coração para garantir que aproveitávamos todas as oportunidades", revelou McTominay. O triunfo sobre a Espanha aconteceu depois de 39 longos anos.

O recordista: Ronaldo está de volta

Ronaldo, Ronaldo, Ronaldo. O fenómeno português está novamente de volta. O novo selecionador da equipa das quinas, Roberto Martínez, colocou o capitão novamente no onze inicial, do qual não fez parte nos últimos jogos do Campeonato do Mundo no Catar.

Primeiro, o goleador português deixou para trás Badir Mutava do Kuwait ao marcar dois golos frente ao Liechtenstein na sua 197.ª internacional, depois, contra o Luxemburgo, chegou aos 122. Aos 38 anos e 49 dias, tornou-se o segundo jogador mais velho a marcar em qualificação para o Europeu (depois da Jari Litmanen, da Finlândia, com 39 anos e 270 dias).

CR7 preparou uma nova celebração para esse golo. Em vez do tradicional rodopio, acabou numa posição com os braços cruzados junto ao peito, imitando a posição de sono. Ronaldo é conhecido por adormecer várias vezes e os companheiros de equipa gozam com ele por isso.

O jogador mais velho: Zla... Casciaro

O incónico Zlatan Ibrahimovic ficou muito feliz por vestir a camisola da sua seleção e, tal como Ronaldo, estava motivado para bater um grande recorde. Aos 41 anos e 172 dias, podia tornar-se o jogador mais velho a atuar nas competições da UEFA. Pelo menos, foi o que os média noticiaram antes do duelo de sexta-feira com a Bélgica.

E Ibra, menos de uma semana depois de se ter tornado o goleador mais velho da história da Serie A, também falou do seu desejo de chegar à Alemanha. "Quem desiste quando está bem, arrepende-se mais tarde. Se eu puder, quero continuar a jogar. Sofri muito nos últimos 14 meses", afirmou. E o sueco estava ansioso por mais um marco. Ou talvez não... O desconhecido Lee Casciaro, de Gibraltar, quebrou o recorde.

Apenas quatro dias mais velho que Zlatan, o jogador jogou na mesma noite que o sueco, mas ao contrário dele, no onze inicial. Pior ainda para a estrela do AC Milan foi o resultado do seu jogo, em que Suécia sofreu um duro golpe diante da Bélgica. Além disso, Romelu Lukaku, do rival Inter de Milão marcou um hat-trick. E a sua participação nos Euros? Após as primeiras jornadas, os suecos estão em terceiro lugar, atrás da Áustria e da Bélgica.

A estreia de sucesso: Joselu rejuvenesceu

Os espanhóis tentaram em vão, durante muito tempo, quebrar os noruegueses em Málaga. Até que, ao minuto 81, o novo selecionador Luis de la Fuente lançou o avançado. Quase a completar 33 anos de idade, Joselu, fez a estreia na seleção e marcou com precisão após 147 segundos em campo. Um minuto depois, fez outro.

Natural de Estugarda, na Alemanha, floresceu como goleador bastante tarde, quando começou a marcar mais de 10 golos por época, por volta dos 30 anos. Esta temporada já marcou 12 com a camisola do Espanhol. Contra os noruegueses marcou dois golos nos seus dois primeiros toques na bola. "Ainda não consigo acreditar. O trabalho árduo está a dar frutos e dá-me força para continuar a trabalhar. Sinto-me como um jovem de 18 anos", confessou.

Ea Escócia não foi tão decisivo. Joselu começou no onze inicial, também rematou duas vezes à baliza, mas sem qualquer efeito. O seu cabeceamento aos 20 minutos foi defendido pelo guarda-redes e depois acertou em cheio na trave. E os espanhóis deixaram Glasgow de mãos a abanar.