O 13.º Europeu foi organizado em conjunto pela Áustria e pela Suíça. Portugal esteve presente na final do torneio e fez parte do Grupo A, ao lado dos anfitriões helvéticos, República Checa e Turquia.
Luiz Felipe Scolari levou alguns nomes emergentes como Rui Patrício, Pepe, João Moutinho, Miguel Veloso, Ricardo Quaresma ou Nani que se estreavam em grandes competições com Portugal, e outros que já tinham brilhado no Euro-2004 como Ricardo, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Deco, Nuno Gomes ou Cristiano Ronaldo.
No Grupo A, Portugal avançou em conjunto com a Turquia, sendo que ambas as seleções somaram seis pontos. A Seleção Nacional bateu os turcos (2-0) e os checos (3-1) antes de ser derrotada pelos anfitriões na última ronda.
No Grupo A, Portugal avançou em conjunto com a Turquia, sendo que ambas as seleções somaram seis pontos. A Seleção Nacional bateu os turcos (2-0) e os checos (3-1) antes de ser derrotada pelos anfitriões na última ronda. A equipa das quinas chegou aos quartos de final onde foi eliminada pela Alemanha (2-3), num jogo decidido por Michael Ballack, naquela que viria a ser a última competição internacional do médio germânico.
2008: Começa o domínio da Eespanha no futebol mundial
44 após o último troféu conquistado pelos espanhóis, os alemães continuam a liderar o ranking europeu, mesmo após o sucesso dos ibéricos em termos de número de taças conquistadas (3).
Sob a direção do treinador Luis Aragonés, que pouco depois da final completou 70 anos e se reformou, uma Espanha liderada em campo por pesos pesados como David Villa, Fernando Torres, Cesc Fàbregas, Xavi, Iniesta, Puyol, Sergio Ramos e Iker Casillas levou muitos especialistas e analistas a afirmarem que a geração era a melhor de sempre.
O ano de 2008 foi apenas o início desta geração de ouro para os espanhóis, que deram espetáculo nos dois grandes torneios seguintes: o Campeonato do Mundo de 2010, na África do Sul, e o Euro-2012, organizado pela Ucrânia e pela Polónia.
Em 2008, Raúl González, que continuava a fazer furor no ataque do Real Madrid, tinha abandonado a carreira internacional em 2006, embora muitos adeptos e até comentadores de futebol considerassem que o homem apelidado de El Capitán ainda devia fazer parte da seleção espanhola.
O técnico Luis Aragonés manteve a decisão de não convocar Raúl para o Euro-2008, onde outro avançado entraria para a história. David Villa, que jogava no Valencia na época, só foi para o Barcelona em 2010.
Com 27 anos na altura, Villa tornou-se o primeiro jogador da história de Espanha a marcar três golos num jogo oficial do Europeu. O feito aconteceu no Grupo D, no qual os espanhóis passaram ao lado da Rússia, com Suécia e Grécia eliminadas.
No duelo com a Rússia, que terminou 4-1 a favor da Roja, Villa marcou um hat-trick e juntou-se assim a uma lista restrita que inclui nomes como Michel Platini, Marco Van Basten, Sérgio Conceição e Patrick Kluivert em termos de um jogador que marcou pelo menos 3 golos num único jogo oficial de uma fase final de um Europeu.
O quarto golo no jogo com a Rússia foi marcado por Francesc Fabregas, então com 21 anos, que jogava no Arsenal. O médio marcou pela primeira vez com a camisola da seleção nacional.
O duelo entre a Espanha e a Rússia não foi apenas o jogo de abertura do Grupo D, mas também o início de uma verdadeira era de ouro para o futebol ibérico. Seguiram-se mais duas vitórias apertadas da seleção espanhola, contra a Suécia e a Grécia, ambas por 2-1.
Xavi, o melhor jogador do Euro 2008
No jogo contra a Suécia, Villa marcou o golo da vitória com um golo aos 90+2 minutos, com o resultado nessa altura em 1-1 após os golos de Fernando Torres (15 minutos) e Zlatan Ibrahimovic (34 minutos).
David Villa foi o melhor marcador do torneio com quatro golos, todos na fase de grupos, enquanto o médio Xavi foi eleito o melhor jogador do Euro-2008. A lenda do Barcelona marcou um golo, na meia-final contra a Rússia.
Fernando Torres, o avançado que já jogava no Liverpool há uma época, depois de ter sido comprado pelo Atlético de Madrid por mais de 31 milhões de euros, um recorde na altura para o homem apelidado de El Niño.
O ambicioso jogador de 24 anos também desempenhou um papel fundamental em 2008, embora muitas vezes tenha sido ofuscado por David Villa.
Na final, a Espanha enfrentou a assustadora Alemanha. No final de um jogo que foi amplamente dominado pela equipa de Aragonés em termos de oportunidades, um Fernando Torres com o faro de um grande avançado marcou o golo da vitória para os espanhóis na baliza de Lehmann aos 33 minutos.
Iker Casillas também merece crédito pelo desempenho da Espanha. O então guarda-redes do Real Madrid derrotou o rival Gianluigi Buffon nos quartos de final entre Espanha e Itália, que terminaram 0-0 após o tempo regulamentar e foram decididos por grandes penalidades.
Casillas defendeu remates de 11 metros de Daniele De Rossi e Antonio Di Natale.
Seguiu-se outro duelo com a Rússia, desta vez nas meias-finais, que os espanhóis venceram confortavelmente por 3-0 para chegar à final. Marcos Senna, um médio brasileiro que obteve a nacionalidade espanhola em 2006, depois de ter passado toda a sua carreira futebolística na LaLiga com o Villarreal, também teve um desempenho sólido. Médio de profissão, Senna impediu muitas vezes os ataques das equipas adversárias.
Seleção de Espanha no Euro-2008
Guarda-redes: Iker Casillas (Real Madrid), José Manuel Reina (Liverpool), Andrés Palop (Sevilha);
Defesas: Sergio Ramos (Real Madrid), Carles Puyol (FC Barcelona), Juanito (Betis), Alvaro Arbeloa (Liverpool), Fernando Navarro (Real Maiorca), Raul Albiol (Valência), Carlos Marchena (Valência), Joan Capdevila (Villarreal);
Médios: Cesc Fabregas (Arsenal), Andrés Iniesta (FC Barcelona), Xavi Hernández (FC Barcelona), David Silva (Valência), Santiago Cazorla (Villarreal), Ruben de La Red (Getafe), Xabi Alonso (Liverpool), Marcos Senna (Villarreal);
Atacantes: David Villa (Valencia), Sergio Garcia (Real Zaragoza), Fernando Torres (Liverpool), Daniel Guiza (Real Mallorca).
XI do torneio
Guarda-redes: Iker Casillas (Espanha);
Defesas: Philipp Lahm (Alemanha), Carles Puyol (Espanha), Carlos Marchena (Espanha), Yuri Zhirkov (Rússia);
Médios: Luka Modric (Croácia), Marcos Senna (Espanha), Xavi Hernández (Espanha), Hamit Altıntop (Turquia);
Avançados: Andrey Arshavin (Rússia), David Villa (Espanha);