Sérvia e já não serve?
A 20 de junho de 2015 a Sérvia surpreendia o mundo do futebol com a conquista histórica do Mundial sub-20. A Nova Zelândia assistia, assim, ao nascimento de uma geração que prometia um futuro dourado para este país da antiga Jugoslávia.
Liderados por um tal de Sergej Milinkovic-Savic, a seleção sérvia bateu o Brasil no grande jogo e lançou, nesse dia, a grande questão: que impacto poderia ter esse triunfo nos anos seguintes? Pois bem, hoje já é possível fazer uma análise com alguma substância.
Da equipa que triunfou no outro lado do Mundo há nove anos, sete dos jogadores presentes no Mundial sub-20 de 2015 foram chamados pelo selecionador Dragan Stojkovic para o Euro-2024. E aquilo que parecia prometedor em 2015, tem sido uma autêntica desilusão. Mas não só agora...
A geração de Milinkovic-Savic, Nemanja Maksimovic, Andrija Zivkovic, Predrag Rajkovic, entre outros, não conseguiu passar a fase de grupos dos últimos dois Mundiais em que participou - Rússia (2018) e Catar (2022) - e ficou mesmo de fora do Euro-2020.
Atualmente, com estes jogadores na faixa dos 28 e 29 anos, alguns deles vivem a 3.ª fase final de um grande torneio de seleções no futebol sénior, mas a esperança que renasceu na fase de qualificação para o presente Campeonato da Europa começa a esmorecer.
A derrota na estreia do Euro-2024 para uma Inglaterra com pouca chama (0-1) e o empate arrancado a ferros na 2.ª jornada, contra a modesta Eslovénia (1-1), é apenas mais um sinal de desalento para os adeptos sérvios que tanto sonharam em 2015.
Hjulmand na senda de Sá Pinto e Rui Jordão
28 anos. 28 anos! Repetimos porque de facto o número é impressionante. Desde o Euro-1996 que um jogador do Sporting não fazia um golo numa fase final de um Campeonato da Europa. Morten Hjulmand, ao serviço da Dinamarca, quebrou esse enguiço e fez o que apenas Ricardo Sá Pinto (1996) e Rui Jordão (1984) tinham feito no passado.
Tendo em conta que Portugal é presença regular em Europeus neste novo milénio e que o Sporting cedeu vários jogadores à equipa das quinas nas últimas edições, sobretudo no Euro-2016, em que a espinha dorsal da seleção portuguesa era composta por atletas dos leões, este registo ganha particular importância.
A acrescentar a este momento histórico, o golo do médio dinamarquês foi extraordinário e foi celebrado nas redes sociais do Sporting como se de um golo da equipa de Rúben Amorim se tratasse.
A tartaruga ninja Mbappé
Os alarmes soaram em França após o encontro da 1.ª jornada, marcado pelo triunfo gaulês diante a Áustria (0-1). Kylian Mbappé tinha deixado o duelo lavado em sangue, depois de um choque violento com um adversário, que deixou o nariz do camisola 10 em muito mau estado, e as primeiras notícias não foram muito animadoras.
A imprensa internacional depressa lançou o rumor de que a continuidade de Mbappé na competição poderia estar em risco, mas só os exames complementares poderiam responder com exatidão se esse cenário tinha ou não força para se tornar real.
Ufff! Terá sido mais ou menos assim, com um mais ou menos sotaque francês, que os franceses e todos os fãs de Mbappé reagiram aos resultados dos exames médicos: há fratura, mas é possível escapar à operação!
"Dá para jogar de máscara? Sim". Eram essas as palavras que o novo jogador do Real Madrid mais queria ouvir nos dias de preparação para o importante jogo contra os Países Baixos e, esta quinta-feira, já foi possível ver o craque gaulês sorridente com a sua nova máscara de proteção.
As comparações já eram muitas, mas agora ficaram ainda mais evidentes. Abram alas para a nova Tartaruga Ninja.
De Schmeichel para... Schmeichel!
O pai Peter foi um guarda-redes extraordinário, o filho não desiludiu os pergaminhos da família.
Peter Schmeichel (121 jogos) foi campeão europeu em 1992 com a Dinamarca e venceu a final da Liga dos Campeões contra o Bayern, em 1999, com o Manchester United. Já Kasper Schmeichel (102 internacionalizações) foi campeão inglês com o Leicester, em 2016, e é o número um da Dinamarca no seu terceiro Campeonato da Europa.
Os dois reencontraram-se, esta quinta-feira, após o encontro entre a Dinamarca e a Inglaterra, com Peter a entrevistar Kasper. Um momento bonito e que terminou com um abraço sentido... entre pai e filho.
Chuta que chutas bem!
Esta sexta-feira, para bem de todos os apaixonados pelas grandes competições de seleções, cumpre-se apenas a primeira semana de competição na Alemanha e há uma palavra que merece ser destacada pela frequência com que tem sido utilizada nos últimos dias: g-o-l-a-ç-o-s! Assim mesmo, com todas as letras.
O golaço de Morten Hjulmand mostrou-nos que não precisamos de ter saudades do golaço de Barella contra a Albânia (2-1) ou do golaço de Arda Güler frente à Geórgia (3-1) ou do golaço de Stanciu diante a Ucrânia (3-0) ou ainda do golaço de Shaqiri perante a Escócia (1-1)...
Este Euro-2024 está a ser pródigo em grandes golos e ainda só vamos na primeira semana. Arrisquem, chutem, porque já se percebeu que chutam (muito) bem.
O Clássico dos clássicos
Espanha e Itália. Duas das seleções mais poderosas da Europa e do Mundo, com inúmeros títulos conquistados, encontraram-se em Gelsenkirchen para protagonizarem mais um grande clássico.
O duelo entre a La Roja e a Squadra Azzurra é o confronto mais disputado em Campeonatos da Europa - oito encontros -, com a particularidade de se terem defrontado nos últimos três europeus.
No confronto histórico no grande torneio de seleções do Velho Continente, a Espanha tinha apenas uma vitória (quatro empates e duas derrotas), mas equilibrou ainda mais a balança com a vitória desta quinta-feira. E deu um claro sinal de favoritismo à conquista do troféu!
