Do Liechtenstein um caso raro: a lutar pela manutenção na segunda divisão e a jogar na Europa
Ao olhar para a convocatória do Liechtenstein, adversário de Portugal esta quinta-feira, na qualificação para o Euro-2024, existe um clube que salta à vista. O FC Vaduz concede sete dos 23 atletas chamados por René Pauritsch. Formado em 1932 e sediado na capital do principado foi uma das histórias de encantar desta época nas competições europeias.
Com apenas uma extensão de 25 quilómetros entre a Áustria e a Suíça, o Liechtenstein é o único membro da UEFA que não tem uma liga doméstica. Devido à falta de clubes, é antes organizada uma Taça que define o campeão, sendo que os emblemas estão inseridos na pirâmide do futebol da Suíça.
No segundo escalão do futebol helvético, o Vaduz é o grande dominador da prova (venceu 48 das 75 edições da prova) e, como tal, garante o acesso às provas europeias, onde esta época fez um brilharete ao chegar à fase de grupos da Liga Conferência, tornando-se assim na primeira equipa do Liechtenstein a estar na fase principal de uma prova continental.
Nas eliminatórias deixou pelo caminho o FC Koper, Konyaspor e Rapid Viena, sendo que depois ainda conseguiu pontuar diante de Apollon Limassol e Dnipro-1, mas não escapou ao último lugar do Grupo E.
Tudo isto enquanto lutava para… se manter no segundo escalão do futebol da Suíça. Penúltimo classificado com 24 pontos, só tem mais cinco que o Neuchâtel Xamax, que ocupa a última posição. Uma recuperação que tem vindo a ser comandada por… Martin Stocklasa, que recentemente deixou o cargo de selecionador do Liechtenstein.