Reveja aqui as principais incidências da partida

É impossível olhar para esta Ucrânia e não ver aquele asterisco que está sempre presente. Enquanto nomes como Mudryk, Shaparenko ou Dovbyk lutam em sentido figurado nos relvados da Alemanha, milhares de compatriotas estão em trincheiras enlameadas a tentar travar uma invasão injustificada da Rússia.

Este contexto pode ajudar a explicar a derrocada com a Roménia (0-3) na primeira jornada, e a péssima entrada no primeiro tempo com a Eslováquia. Energizados pela surpresa diante da Bélgica, os homens de Calzona voltaram a entrar muito bem e aos 11 minutos só não vencia por 2-0 porque Trubin agigantou-se e parecia um muro intransponível.

Contudo, há sempre uma forma de ultrapassar um muro e aos 18 minutos Schranz voltou a ser o herói eslovaco ao aproveitar um cruzamento de Haraslín na sequência de um lançamento de linha lateral para colocar a equipa com um pé nos oitavos de final. Voltava a cair a Ucrânia, que fora algumas tentativas pálidas e um disparo de Tymchyk (33 minutos) ao poste pouco mais conseguiu assustar.

O segundo tempo, contudo, trouxe uma Ucrânia renovada. Talvez inspirada nos compatriotas que não se vergam perante o poderio militar (sobretudo em termos de homens) da Rússia, os comandados de Rebrov recusaram-se a vergar perante a Eslováquia e deram a volta à partida nos últimos 45 minutos.

Shaparenko, o desestabilizador, empatou a partida aos 54 minutos, após um cruzamento rasteiro de Zinchenko.

E quando já toda a gente fazia as contas ao empate, Yaremchuk, lançado para o lugar de Dovbyk, vestiu o papel de herói e marcou um grande golo: Aos 80 minutos recebeu o passe de Shaparenko, dominou e colocou a bola para lá de Dúbravka.

Ucrânia e Eslováquia vão para a última jornada com três pontos, num grupo que promete muita emoção.

Homem do jogo Flashscore: Trubin (Ucrânia)