Euro-2024: A arma secreta da Inglaterra é a grande experiência
A Inglaterra tem jogadores de classe mundial, como Phil Foden, o MVP da Premier League, Harry Kane e Jude Bellingham. Os dois últimos foram os arquitectos da reviravolta contra a Eslováquia nos oitavos de final, com duas exibições de qualidade. Foden fez um grande jogo contra os Países Baixos, mas ainda não marcou qualquer golo neste Campeonato da Europa.
No entanto, a Inglaterra não estaria na final do Campeonato da Europa se não fosse a contribuição dos suplentes.
Watkins e Palmer
Um exemplo claro pode ser visto no jogo das meias-finais. Ollie Watkins, avançado do Aston Villa, tornou-se o novo herói nacional. Aos 90 minutos, recebeu uma grande assistência de outro suplente, Cole Palmer, rodou e rematou na cara da baliza de Verbruggen.
Watkins tinha jogado apenas 20 minutos no Campeonato da Europa e só tinha marcado três golos pelos três leões até quarta-feira, mas apareceu em Dortmund no momento certo para levar aequipa à final. No entanto, o jogador de Torquay não é um desconhecido no futebol. Com o Aston Villa, ele completou uma temporada histórica em que marcou 27 golos entre a Premier League e Liga Conferência.
O mesmo vale para Cole Palmer. Esta época, o seu nome soou forte na Premier League, marcando 22 golos pelo Chelsea, depois de quatro anos no City.
Toney
Ivan Toney (28 anos) foi uma das grandes surpresas na lista de convocados de Gareth Southgate, que não contou com Maguire, Henderson, Sterling ou Rashford. O avançado do Brentford chegou com o aval de goleador da penúltima época, na qual marcou 21 golos. Esta época, só jogou desde janeiro e marcou quatro golos, depois de ter cumprido uma proibição de oito meses por delitos relacionados com apostas.
Nos quartos de final contra a Suíça, Toney entrou para o lugar de Kane aos 109 minutos, teve impacto no ataque inglês e marcou o seu penálti, que foi decisivo para a qualificação da Inglaterra para as meias-finais.
O penálti decisivo foi marcado por Trent Alexander-Arnold, que começou na equipa titular, mas tem vindo a perder gradualmente o seu lugar no meio-campo para Kobbie Mainoo.
Konsa
Também contra a Suíça, a suspensão de Marc Guéhi abriu a porta para Ezri Konsa, que respondeu com um desempenho completo contra o ataque suíço. Contra os Países Baixos, Konsa voltou à condição de suplente, entrando nos acréscimos no lugar de Bukayo Saka.
Eze
Southgate aposta na profundidade do plantel. E, embora seja difícil substituir jogadores como Bellingham, Saka, Foden e Kane, ele confiou nos menos regulares em momentos cruciais da fase a eliminar. Assim, Eberechi Eze entrou em campo contra a Suíça aos 78 minutos do segundo tempo, quando perdia por 0-1, substituindo Trippier.
Contra a Eslováquia, iniciou uma jogada que foi prolongada por Toney e terminou no golo de Kane (2-1). Nesse jogo, entrou também aos 84 minutos, substituindo Mainoo, quando perdia por 0-1.
Faz sentido que todos estes jogadores comecem no banco contra a Espanha no domingo. Mas podem vir a ter um papel decisivo e já demonstraram que são capazes disso.