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Em Dortmund, no sábado, Alemanha - Dinamarca será o primeiro jogo entre os favoritos. Mais precisamente, aquele em que Espanha, França, Portugal e Bélgica também terminaram.
O favoritismo da previsão recai sobre a equipa da casa, que chega ao desafio no Signal Iduna Park como a equipa mais prolífica (8 golos marcados) e a única que pode gabar-se de ter dois jogadores com dois golos (Jamal Musiala e Niclas Fullkrug). Mas, acima de tudo, uma formação capaz de quebrar as defesas adversárias com facilidade, graças ao génio de Toni Kroos e à frescura dos seus talentos ofensivos.
Os anfitriões provavelmente também beneficiaram do susto que tiveram contra a Suíça, precisando de uma chamada de atenção, especialmente com os adeptos a antecipar o seu quarto triunfo no Europeu, lembrando ao técnico Julian Nagelsmann que ainda há muito trabalho a fazer.
Repetições históricas
Alemanha - Dinamarca foi a final do Euro-1992, incrivelmente vencida pelos dinamarqueses, que entraram no torneio para ocupar a vaga da Jugoslávia.
Essa façanha deve lembrar aos alemães que nada está escrito. Até a lenda alemã Berti Vogts, o selecionador da Alemanha na altura, o recordou nas últimas horas: "Em 1992, perdemos a final do Campeonato da Europa contra uma grande equipa dinamarquesa, apesar de sermos os favoritos, tal como a equipa alemã é agora", escreveu.
"Toda a gente pensava que tínhamos o título na mão e, infelizmente, alguns jogadores também".
Mesmo contra a Suíça, a Mannschaft talvez tenha subestimado o adversário, de modo que o 1-1 obtido na final talvez já tenha servido de lição.
Nova formação
O avançado do Borussia Dortmund, que esteve sempre no banco de suplentes nas três primeiras partidas da Alemanha, poderá estrear-se a titular para enfrentar melhor a fisicalidade da defesa dinamarquesa.
Se a entrada de Fullkrug é apenas uma ideia, a substituição de Jonathan Tah é uma necessidade, uma vez que o defesa-central do Bayer Leverkusen está castigado: no seu lugar, Julian Nagelsmann deverá colocar Nico Schlotterbeck, ainda que Waldemar Anton também tenha sido colocado em pré-alerta devido ao estado de Antonio Rudiger após o problema no tendão que sofreu contra a Suíça.
Nico Schlotterbeck, de 24 anos, voltará a jogar no seu estádio: "Todo o plano de jogo, defesa e ataque. Conhecemos a Dinamarca e sabemos como os vamos enfrentar", disse o jogador do Borussia Dortmund.
Cuidado com os dinamarqueses
Até ao momento, não vimos uma Dinamarca particularmente cintilante: três empates e zero vitórias permitiram aos dinamarqueses passar a ronda como segundos classificados, mas sem impressionar.
Paradoxalmente, o melhor jogo foi contra a Inglaterra, com o 1-1 a ser marcado pelo sportinguista Morten Hjulmand, que estará de fora por acumulação de cartões.
A equipa do selecionador Kasper Hjulmand não se destaca em termos de individualidade, mas é certamente uma ameaça, tendo em conta a experiência de muitos dos seus jogadores, que já jogaram em alguns dos grandes palcos do futebol europeu.